Laudo do IML deve ser concluído em 30 dias, mas delegado afirmou que análise preliminar feita por legista descartou morte violenta
Uma análise preliminar feita por legista do Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco descartou que a criança indígena de 2 anos que deu entrada no hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, sem vida e com hematomas, sofreu violência sexual e maus-tratos. A informação foi confirmada ao g1 nesta quinta-feira (16) pelo delegado responsável pelo caso, Marcos Frank.
Mesmo com a informação, o delegado afirmou que vai aguardar a conclusão do laudo, que deve sair em até 30 dias, para finalizar a investigação. Segundo ele, em uma primeira análise, o legista identificou que a criança estava em um quadro de desnutrição e desidratação e tinha uma doença de pele e hepática, o que teria originado os hematomas pelo corpo.
A menina deu entrada na unidade de saúde do interior do Acre na última terça-feira (24) já sem vida. O que chamou atenção da equipe do hospital foi que a criança apresentava hematomas pelo corpo e o caso foi parar na polícia.
O delegado chegou a informar que a criança apresentava queimaduras nos pés e mãos, além de marcas de hematomas nas costas e assaduras nas partes íntimas. E, por isso, o corpo foi levado ao IML da capital para passar por exame cadavérico.
“Não teve violência sexual, a criança estava num quadro de desnutrição e desidratação, o que pensei que era uma queimadura era uma doença de pele e ela tem uma doença hepática que foi o que originou aqueles hematomas. Então, descartou hipótese de morte violenta e foi uma morte natural. Não foi maus-tratos, foi um mau cuidado dos pais e teve essa doença do fígado. Pode-se apurar a responsabilidade deles por não terem cuidado da criança”, disse o delegado.
Frank informou ainda que vai ouvir a mãe da criança e aguardar o resultado final do laudo para concluir a investigação.
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