Lote foi encaminhado pelo Ministério da Saúde; 6 mil unidades devem ser usadas em dez dias de operações de agentes de saúde na localidade
Seis mil testes rápidos para detecção de malária estão em distribuição para comunidades do território Yanomami. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde neste domingo, 12. A entrega de mais kits deverá ocorrer tão logo novos profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde cheguem à localidade.
A importância dessa modalidade de testagem no local é alta. Isso porque eles têm como principal característica a facilidade de uso e o pouco peso, o que facilita a chegada do diagnóstico em áreas mais remotas. O plano foi elaborado pelo Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami, devido à importância de se diagnosticar rapidamente os casos de contaminação.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que os testes serão usados em 100% da população dos pontos destacados.
"Mesmo os pacientes assintomáticos serão testados. Assim teremos uma análise mais precisa da situação nas aldeias. E o teste é simples: o agente coleta uma gota de sangue do paciente e utiliza um reagente para identificar a doença", disse no comunicado Brenda Coelho do Programa Nacional de Prevenção e Combate da Malária (PNCM).
Em visita recente à Missão Catrimani, o Secretário de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba, destacou que as equipes de saúde “são bem engajadas no território todo, mas relatam a falta de lâminas para os testes e monitoramento da malária, por exemplo. E a doença é uma grande demanda da região".
Crise sanitária
Uma combinação de crise na gestão da saúde no território ianomâmi e o aumento do garimpo ilegal nas terras indígenas levou à tragédia sanitária revelada nesta semana entre os povos dessa etnia, aponta especialistas.
Os cuidados com a saúde desses indígenas são feitos por meio de postos com infraestrutura razoável, mas o modelo depende de uma equipe qualificada que vá às aldeias.
Em visita recente à Missão Catrimani, o Secretário de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba, destacou que as equipes de saúde “são bem engajadas no território todo, mas relatam a falta de lâminas para os testes e monitoramento da malária, por exemplo. E a doença é uma grande demanda da região".
Crise sanitária
Uma combinação de crise na gestão da saúde no território ianomâmi e o aumento do garimpo ilegal nas terras indígenas levou à tragédia sanitária revelada nesta semana entre os povos dessa etnia, aponta especialistas.
Os cuidados com a saúde desses indígenas são feitos por meio de postos com infraestrutura razoável, mas o modelo depende de uma equipe qualificada que vá às aldeias.
É nessas visitas que se observa o quadro de saúde das pessoas, vacina as crianças, dá remédio contra vermes, busca sintomas de malária, coleta sangue, coibindo, assim, situações mais complexas quando, então, é preciso remover o paciente aos hospitais da capital — considerando a dificuldade de transporte e grandes distâncias.
— Nos últimos anos, por incompetência ou má intenção, foram indicadas pessoas sem nenhuma experiencia em gestão de saúde pública e começou a haver uma precarização da infraestrutura, com redução da equipe de atendimento e consequente diminuição das visitas, e de medicamentos.
— Nos últimos anos, por incompetência ou má intenção, foram indicadas pessoas sem nenhuma experiencia em gestão de saúde pública e começou a haver uma precarização da infraestrutura, com redução da equipe de atendimento e consequente diminuição das visitas, e de medicamentos.
Situações que eram tratáveis começam a passar a situações complexas, uma criança com uma gripe, vira pneumonia, sem remédios para tratar — explica o pesquisador do Instituto Socioambiental Estêvão Benfica Senra.
Assim, as remoções se tornaram mais frequentes e custosas.
— As pistas de pouso foram tomadas por garimpeiros ou abandonadas, exigindo o deslocamento por helicóptero que é cinco vezes mais caro do que o avião. Não teve menos investimento, mas isso não significou melhoria na saúde, pelo contrário — explica.
Fonte: O GLOBO
Assim, as remoções se tornaram mais frequentes e custosas.
— As pistas de pouso foram tomadas por garimpeiros ou abandonadas, exigindo o deslocamento por helicóptero que é cinco vezes mais caro do que o avião. Não teve menos investimento, mas isso não significou melhoria na saúde, pelo contrário — explica.
Fonte: O GLOBO
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