Influenciadora confrontou o deputado federal em avião na última sexta-feira por atitude transfóbica no plenário da Câmara
Após bater boca com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), a ex-BBB e influenciadora Ana Paula Renault usou as redes sociais para relatar as ameaças que tem sofrido. Em vídeo publicado no Instagram, a ex-BBB afirmou que não tem medo dos agressores.
— Eu não tenho medo das ameaças que eu estou recebendo em mensagens, via DM e inbox e também por e-mail. Uma amiga me ensinou a bloquear a opção de mandar mensagem, mas eu vou abrir e deixar vocês escreverem o que quiserem — afirmou Ana Paula.
Em entrevista ao Notícias da TV, ela repetiu o argumento e disse que todas as ameaças e agressões serão relatadas à Polícia Civil.
No Dia Internacional da Mulher, na última quarta-feira, Nikolas Ferreira usou uma peruca e afirmou, entre ironias, que se "sentia mulher" tendo "lugar de fala" para discursar sobre a efeméride.
Na última sexta-feira, a influenciadora discutiu com o parlamentar por conta da fala transfóbica. O momento da discussão foi publicado pela própria Ana Paula no Instagram.
— Gente, parece até ironia do destino. Olha quem sentou do meu lado agorinha — disse Ana Paula no início do vídeo.
Ela então apontou a câmera do celular para Nikolas, que aparece sorridente a seu lado acenando.
— Nikolas, eu te indaguei se você vai continuar fazendo crimes — acrescentou Ana Paula.
Em seguida, Nikolas começou a questionar qual seria o artigo da legislação brasileira que criminaliza a transfobia.
A resposta para os repetidos questionamentos de Nikolas encontram-se numa decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), datada de 13 de junho de 2019, que tipificou a criminalização da LGBTfobia. Atualmente, o delito pode ser enquadrados na legislação já existente que define os crimes de racismo.
"As condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei 7.716/2018 e, no caso de homicídio doloso, constitui circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe", afirmou o STF na ocasião, em referência à lei do racismo.
Fonte: O GLOBO
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