Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, é réu na Justiça pelo caso

A 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, nesta segunda-feira, banir do futebol o jogador Marcus Vinicius Alves Barreiras, conhecido como Romário. O caso foi descoberto durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás.

O caso julgado foi a partida entre Vila Nova x Sport pela última rodada da Série B de 2022. Na ocasião, o jogador e um colega do Vila Nova deveriam cometer um pênalti de propósito. A princípio, ele deveria cometer o pênalti, mas, após as apostas já terem sido feitas, descobriu que não jogaria e tentou aliciar outros jogadores, sem sucesso. Com isso, foi considerado pivô do esquema.

Marcos Vinicius Alves Barreira fez 21 anos neste domingo — um dia antes de ser banido do esporte. Natural de Goiânia e com 1,81 metro de altura, ele atuava na posição de meia ofensivo. Romário começou nas categorias de base do Vila Nova, onde foi contratado até novembro do ano passado.

Antes de se tornar profissional, Romário foi emprestado ao Atlético Goianiense, onde atuou pela equipe sub-20 e marcou três gols. Ele também teve passagem, por empréstimo e antes de se profissionalizar, no Athletico Paranaense.

De volta ao Vila Nova, ele atuou pelo sub-23 no Campeonato Brasileiro de Aspirantes de 2022. Já como profissional, ele defendeu a camisa do Tigrão em sete partidas do Campeonato Brasileiro passado.

Na temporada de 2021, marcou três gols. Em 2022, foram dois gols e uma assistência.

O jogador teve o contrato rescindido quando o time teve ciência das suspeitas de manipulação de partidas.

Na sequência, Romário se transferiu para o Goiânia, onde atuou também por sete partidas, desta vez no Campeonato Goiano — uma delas, contra o ex-clube, Vila Nova. Depois, ficou sem time.

Gabriel Domingos, outro envolvido no esquema de manipulação de resultados quando jogava no Vila Nova, foi suspenso por 720 dias pelo STJD, nesta segunda-feira. Natural de São José dos Campos, em São Paulo, ele atuou no time da cidade antes de se transferir para o Bahia e, depois, para o Vila Nova. Ele também teve o contrato rescindido com o clube por causa das suspeitas de manipulação de jogos.

Participação no esquema

Romário foi o primeiro procurado pela quadrilha e recebeu R$ 10 mil com a promessa de receber outros R$ 140 mil posteriormente.

A investigação apontou que Romário era o pivô do esquema. Segundo os promotores, ele recebeu dinheiro dos apostadores para cometer um pênalti contra o Sport, na última rodada da Série B do ano passado, mas não foi relacionado para o jogo. Diante disso, Romário passou a procurar outros atletas para participarem da fraude.

Romário também multado em R$ 25 mil e Domingos em R$ 15 mil. A decisão cabe recurso ao pleno do STJD.

Romário e Gabriel são réus na Justiça.


Fonte: O GLOBO