Vítima teria cobrado dívida durante bebedeira e foi morta com dois golpes de faca. Caso ocorreu em março de 2021 em Rio Branco
O réu Dioclécio Oliveira de Souza, acusado pela morte de Euzir Afonso Dossimo, de 54 anos, por causa de uma dívida de R$ 20, foi condenado a 3 anos e 9 meses, em regime inicial aberto. O crime ocorreu em março de 2021 no Ramal Pantanal, no Polo Benfica, em Rio Branco. A vítima levou duas facadas, chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu.
A decisão de condenação pelo crime de lesão corporal seguida de morte foi do juiz Danniel Gustavo Bomfim Juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco. O magistrado concedeu ainda o direito do réu recorrer em liberdade, considerando o regime de pena aplicado.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), a motivação do delito foi justamente a cobrança de uma dívida de R$20,00 que a vítima teria feito ao acusado. O g1 não conseguiu contato com a defesa do réu até última atualização desta reportagem.
Inicialmente, o processo tramitou na 1ª Vara do Tribunal do Júri, uma vez que a denúncia até então era de homicídio. No entanto, o MP-AC reformou a denúncia para o crime de lesão corporal com resultado morte e, com a desclassificação de homicídio, o caso passou para a 1ª Vara Criminal de Rio Branco.
O que disse o acusado
Na delegacia, após ser preso em abril de 2021, Souza relatou que estava bebendo com Euzir e um outro amigo e que a vítima começou a cobrar uma dívida de R$20 referente a um empréstimo feito dois meses antes. Ele respondeu que não tinha como pagar porque não estava trabalhando e que a vítima começou a agredi-lo, tentando enforcá-lo e que deu um tapa no rosto dele.
O réu disse que a briga teria durado cerca de 10 minutos e que nesse tempo não bateu em Euzir, apenas “se defendeu” e que não estava com faca na hora dessa discussão. Ainda na delegacia, ele contou que foi até a casa de seu irmão que ficava na frente e pegou uma faca que estava na mesa, voltou ao local da briga e deu uma facada na barriga e outra no braço de Euzir.
Após ser ferida a vítima teria pedido socorro para o dono da casa. Ainda segundo o interrogatório do então suspeito dado ao delegado, ele disse que ficou no local por cerca de 20 minutos e que quando a polícia estava chegando evadiu-se do local.
Durante a audiência de instrução e julgamento, ele preferiu se manter em silêncio.
O magistrado considerou que o réu confessou a autoria dos fatos perante a autoridade policial, e que “toda aprova oral colhida aponta na mesma direção”. Ainda segundo a decisão, o juiz relatou que a irmã da vítima disse que esteve no hospital e que seu irmão chegou a informar que foi Dioclecio o autor do crime. Também foram considerados os depoimentos prestados pelos irmãos de acusado e demais testemunhas.
Fonte: G1/AC
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