Atualmente lotada no gabinete de Paulo Mansur, a influenciadora bolsonarista recebe salário líquido de R$ 12,8 mil; na gestão do ex-presidente, chegou a ter cargo de confiança na EBC
Além do vereador Fernando Holiday, a influenciadora Karol Eller também ingressou no Partido Liberal em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta terça-feira. A sua ficha de filiação foi assinada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No início deste ano, a apoiadora fez transmissões ao vivo nas manifestações do 8 de janeiro.
Na ocasião, ela ainda exercia um cargo de confiança na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do qual foi exonerada no dia seguinte após os atos. Atualmente, Karol Eller está lotada no gabinete do deputado estadual Paulo Mansur (PL). Como assessora especial recebe uma remuneração líquida de R$ 12.872,04.
— É importante porque tive uma trajetória muito árdua, de muita perseguição — disse Karol Eller sobre a filiação desta terça-feira.
A youtuber é amiga próxima do filho 04 do ex-presidente, Jair Renan, e, por isso, esteve no Palácio do Alvorada e em carros oficiais da Presidência ao longo da gestão de Bolsonaro. Karol Eller também já posou ao lado do ex-ministro da Economia Paulo Guedes, do filho Eduardo Bolsonaro, e tem um vídeo abraçando a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF).
"Eu sigo ela, eu me inspiro nela, é uma mulher guerreira e valente", disse a ex-ministra sobre Karol Eller. A youtuber devolveu a gentileza: "Eu que me inspiro na senhora, o Brasil inteiro também se inspira. Parabéns pelo trabalho". Na legenda, a youtuber escreveu: "Uai, a ministra não era homofóbica?". Homossexual assumida, a servidora disse, no passado, que não vê diferença entre homofobia e preconceito.
Em 2019, a youtuber Karol Eller prestou depoimento após ter sido agredida no Rio de Janeiro. O episódio foi associado pelo ex-vereador Gabriel Monteiro, à época, a um ataque homofóbico. " "Ela teve o seu rosto desfigurado, apenas por um motivo: ser homossexual", afirmou Monteiro, que teve seu mandato cassado por suspeita de assédio sexual, forjar vídeos na internet e de estupro de vulnerável.
Manifestações golpistas
Após participar dos atos do dia 8 de janeiro, Karol Eller se defendeu das acusações: "Sou contra qualquer tipo de manifestação que viole a constituição e o Estado Democrático de Direito". A servidora da EBC garante que, no momento em que o ato se tornou violento, ela teria se retirado.
— Estão quebrando tudo lá, perderam o controle da situação. Está tendo quebradeiras no Congresso e agora no STF: não compactuo com isso, não faço parte, não contem comigo — diz em vídeo.
Fonte: O GLOBO
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