Quedas de árvores no trajeto interromperam a circulação do trem, que saiu de Curitiba. Os 943 passageiros ficaram presos por quase dez horas

Os 943 passageiros, que saíram para uma viagem de trem pela Serra do Mar, só retornaram à capital no final da noite desta quinta-feira. Os 22 vagões ficaram presos no meio do trajeto e os turistas passaram aproximadamente 10 horas parados.

" O Trem da Serra Verde Express, que estava parado há aproximadamente 15 km de Morretes, devido à presença de galhos e árvores nos trilhos do trecho que restava, chegou à estação da cidade às 21h", informou a empresa por meio de nota nas redes sociais.

Estimado em 4 horas, o passeio de trem tinha previsão de retorno para Curitiba no fim da tarde. No entanto, devido aos intensos ventos que atingiram o Paraná e a queda de árvores nos trilhos, a viagem atrasou. Os quase mil passageiros não puderam conhecer a cidade litorânea e alguns relataram que passaram fome e sede.

"Alimentação? No nosso vagão os biscoitos acabaram por volta de 14h, assim como a água. Não houve mobilização da parte da empresa; faltou alimentação, faltou organização, faltou informação.", escreveu uma das passageiras na página oficial da empresa responsável pelo passeio.

Já no final da noite desta quinta, após 15h desde a saída, os primeiros ônibus e vans com turistas chegaram à Rodoferroviária de Curitiba. Segundo a Serra Verde Express, as viagens desta sexta-feira foram canceladas.

"Primando pela segurança dos passageiros e colaboradores, o trem da Serra do Mar paranaense está cancelado nesta sexta-feira, dia 14 de julho, tanto no percurso Curitiba - Morretes, quanto Morretes - Curitiba.", diz trecho da nota.

Em comunicado oficial, a Serra Verde Express afirmou que a decisão de parar o trem foi por motivo de segurança. “Neste dia 13 de julho fortes ventos atingiram o estado do Paraná. Nossa circulação é monitorada pela Rumo Logística. Hoje pela manhã recebemos a liberação normalmente. Durante a viagem foram identificadas quedas de árvores no trajeto, o que foi alterando as tratativas de liberação de passagem pela responsável da via”, diz a nota.

“Priorizando a segurança de nossos passageiros e tripulação, foi necessário interromper temporariamente nossas operações até que a limpeza e a restauração adequadas dos trilhos pudessem ser realizadas. Gostaríamos de ressaltar que essa medida foi necessária para garantir a integridade e o bem-estar de todos os envolvidos”.

No post das redes sociais, a empresa ressaltou que em " 26 anos de operação, é a primeira vez que um incidente meteorológico causa uma paralização tão longa neste percurso turístico, classificado entre os três melhores do mundo."


Fonte: O GLOBO