Fim da safra de soja e queda do varejo explicam resultado, diz especialista. No cinco primeiros meses de 2023, no entanto, houve avanço acumulado de 3,61%, segundo o BC
De janeiro a maio de 2023, porém, houve avanço acumulado de 3,61%, conforme os dados sem ajuste sazonal.
No mês de fevereiro e no mês de abril, houve alta acima do esperado no indicador - o que estimulou projeções com viés de alta para o crescimento da economia no ano.
Com a elevação de 1,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, o mercado projeta atualmente um crescimento de 2,24% até o fim do ano. No início de 2023, a projeção dos agentes era de 0,78%.
Neste mês de julho, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, adiantou que a pasta deve fazer uma revisão altista para até 3% na perspectiva de crescimento econômico no ano.
O que dizem especialistas?
Vitor Martello, economista-chefe da Parcitas Investimentos, calcula que o recuo de 2% do IBC-Br no mês de maio é o maior nível mensal desde março de 2021, "quando a economia ainda era impactada pelo vai-e-vem das restrições sanitárias”.
Para o economista-chefe do PicPay, Marcos Caruso, o resultado foi uma devolução do resultado de abril e reflete a redução do peso positivo do agro com o fim da safra de soja. Além disso, apontou o especialista, as vendas do varejo tiveram o pior resultado para o mês em cinco anos.
— O resultado é influenciado diretamente pela queda do Varejo no período que recuou 1%. Os outros dados de atividade, Indústria e Serviços medidos pelo IBGE, apresentaram altas em maio de 0,3% e 0,9% respectivamente — cita o economista André Perfeito.
Indicador não incorpora demanda
Assim como o PIB divulgado pelo IBGE, o indicador do BC incorpora estimativas para áreas como indústria, agropecuária, serviços, mas não considera o lado da demanda - que é mensurado no cálculo do Produto Interno Bruto.
Além de "prever" o direcionamento do PIB, o IBC-Br é também referência para a política monetária do Banco Central, na definição da taxa básica de juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a Selic a cada 45 dias, será nos dias 1 e 2 de agosto.
Fonte: O GLOBO
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