Municípios decretam situação de emergência e aulas foram suspensas; ao menos 468 mil moradores do estado estão sem luz

A formação de um ciclone extratropical que deve atingir o Rio Grande do Sul nesta quinta-feira já provocou temporais em diferentes regiões do estado e deixou ao menos uma pessoa morta. Segundo a Defesa Civil, 38 municípios já possuem prejuízos, e cerca de 468 mil moradores do estado estão sem luz.

À CBN, o governador em exercício Gabriel Souza disse que uma pessoa morreu após ser atingida por uma árvore no município de Rio Grande. A informação foi confirmada pela Defesa Civil. Outras sete pessoas ficaram feridas em toda a região, sendo que uma delas precisou ser hospitalizada.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o ciclone deve atingir todo o estado, que está sob alerta. As aulas foram suspensas devido à previsão, mas o governador afirmou que pretende retomar as atividades já nesta sexta-feira.

O governador explicou que o objetivo, além da segurança, é ter menos pessoas circulando pelas ruas. Desde a tarde da última quarta-feira, a Defesa Civil alerta para enxurradas e inundações gradativas. O alerta é válido até 17h desta quinta.

— Isso tem causado graves danos a vida e estrutura econômica do estado — disse Gabriel Souza à CBN, ressaltando que este é o terceiro ciclone seguido em um período de cerca de 20 dias no Rio Grande do Sul. Ele reforçou que a recomendação é evitar sair de casa.

"As coordenadorias municipais de Proteção e Defesa Civil já reportaram alguns danos relacionados à queda de granizo, vendavais e enxurradas. As equipes do Estado seguem atuando em apoio às comunidades atingidas e às prefeituras", diz a nota da Defesa Civil.

Na quarta-feira, 46 indígenas da Zona Sul de Porto Alegre deixaram a aldeia em que moram e buscaram abrigo em uma paróquia da região. No mesmo dia, 10 homens voltaram para a aldeia e deixaram no local um grupo de 36 pessoas, formando por mulheres e crianças.

Ciclone provoca fortes ventos no Brasil

O ciclone também estará próximo de Santa Catarina e tem potencial para provocar fortes rajadas de vento nos estados da Região Sul, além de várias áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, especialmente no sul e leste de São Paulo e pontos altos da serra do Rio de Janeiro.

No Sul, os ventos também intensificam nas áreas de Planalto, Vale do Itajaí e litoral catarinense, com rajadas que variam entre 60 e 90km/h, sendo que em áreas do Litoral Sul, Serra e Grande Florianópolis Serrana, podem ultrapassar os 100km/h.


Fonte: O GLOBO