Programa já teve recusos adiciais em R$ 300 milhões

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou nesta sexta-feira a possibilidade de aumentar os recusos para o programa de carros populares. No início do mês, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Haddad anunciaram medidas para baratear automóveis, caminhões e ônibus.

O desconto para o consumidor ficou na faixa de R$ 2 mil a R$ 8 mil para compra de carros. Para veículos de carga ou coletivos, o abatimento ficou entre R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

— Isso (aumento os recursos) exige compensação. Estamos chegando em um momento do ano que não tem mais espaço fiscal para isso. Eu penso que (o programa) foi importante, sobretudo porque ainda há espaço para ônibus e caminhões menos poluentes — disse.

O programa foi lançado com a seguinte distribuição:
  • R$ 500 milhões para carros (esgotado);
  • R$ 700 milhões para caminhões (R$ 100 milhões solicitados);
  • R$ 300 milhões para vans e ônibus (R$ 140 milhões solicitados).
No fim do mês de junho, o governo ampliou em R$ 300 milhões o programa de desconto para carros. Todo esse recurso disponibilizado pelo governo será convertido em crédito tributário para as empresas junto à União (descontos em pagamentos de impostos no futuro). Ou seja, há impacto fiscal para o governo.

Para compensar o programa ao total de R$ 1,8 bilhão, o governo vai antecipar a volta da cobrança de impostos sobre o óleo diesel - em R$ 0,11 a partir de setembro.


Fonte: O GLOBO