Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) próximos a Lula não estão otimistas sobre ter grandes influências na indicação do presidente para a próxima vaga da corte.
Três magistrados ouvidos pela coluna avaliam que podem ter o papel de chancelar o nome apresentado pelo petista, mas não de sugeri-lo. Até o momento, segundo esses ministros, o presidente não procurou ouvi-los sobre a indicação para a cadeira de Rosa Weber, que se aposenta em outubro.
— Quem chegar com nome, vai pagar mico — foi assim que um dos magistrados resumiu o sentimento.
A leitura deles é que o fator de maior peso na decisão do presidente será o chamado “critério Zanin”, que se resume na relação direta e de confiança que Lula tem com o escolhido.
No STF, há a leitura de que os nomes mais fortes no páreo são o do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, do ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Segue como incógnita no Supremo, porém, qual deles Lula considera o mais próximo a ele.
Esse fator ainda é apontado por magistrados como o que mais dificulta a escolha de uma mulher para a vaga de Rosa Weber.
Como informou a coluna, parte dos integrantes do governo e dos aliados do presidente defende que a indicação de uma mulher, além de ter grande simbologia e atender a um pleito importante de sua base eleitoral, ajudaria a não criar arestas entre os ministros do Supremo mais ligados a Lula hoje: Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Eles apoiam nomes distintos para a vaga.
Fonte: O GLOBO
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