Braga Netto mostra mais disposição para disputar o pleito, mas enfrenta concorrência e outras ações
Após ser absolvido na mesma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deixou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, o ex-ministro Braga Netto viu sua possível candidatura à Prefeitura do Rio no ano que vem ganhar novo fôlego no PL. Segundo avaliações internas, o general, que é próximo a Bolsonaro, tem resistido cada vez menos a uma eventual disputa eleitoral e ganhado mais contornos de candidato.
Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esperam pesquisas internas do partido para decidir de vez quem será o representante da sigla na disputa. A palavra final caberá ao ex-presidente, que ficou encarregado de articular a política carioca.
Enquanto os levantamentos não chegam, os dois evitam antecipar a decisão — o ex-presidente já disse que preferia o aliado organizando as ações eleitorais do partido em 2024, mas interlocutores ponderam que a inelegibilidade forçará novos cálculos.
Pesam contra Braga Netto no momento obstáculos internos, como a concorrência dentro da própria sigla, e externos, caso de outras ações na Corte Eleitoral que podem ter como desfecho o veto à participação em eleições por oito anos. Por isso, com o cenário ainda embolado, correligionários também tentam viabilizar a empreitada eleitoral.
— Sou pré-candidato do PL à prefeitura e existem outros nomes dentro do próprio partido. Isso é uma construção, que é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. Tenho construído, conversado com partidos — afirmou o senador Carlos Portinho (PL-RJ) ao GLOBO.
Uma das avaliações é que Portinho quer usar a disputa pela prefeitura para ganhar projeção e concorrer ao Senado, em 2026. A chapa, no entanto, está praticamente acertada, com Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) como candidatos.
Pesam contra Braga Netto no momento obstáculos internos, como a concorrência dentro da própria sigla, e externos, caso de outras ações na Corte Eleitoral que podem ter como desfecho o veto à participação em eleições por oito anos. Por isso, com o cenário ainda embolado, correligionários também tentam viabilizar a empreitada eleitoral.
— Sou pré-candidato do PL à prefeitura e existem outros nomes dentro do próprio partido. Isso é uma construção, que é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. Tenho construído, conversado com partidos — afirmou o senador Carlos Portinho (PL-RJ) ao GLOBO.
Uma das avaliações é que Portinho quer usar a disputa pela prefeitura para ganhar projeção e concorrer ao Senado, em 2026. A chapa, no entanto, está praticamente acertada, com Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) como candidatos.
Apesar de ter a simpatia de Valdemar, o partido não tem segurança na atração de votos de Portinho para a prefeitura e para o Senado e tenta colocá-lo como candidato a deputado federal. Ele era suplente e virou senador após a morte de Arolde de Oliveira, em 2020.
Enquanto isso, Braga Netto tem a seu favor o capital político adquirido como interventor federal no Rio, além de ter a confiança de Bolsonaro. O militar da reserva foi vice na chapa do ex-presidente à reeleição em 2022 e ocupou cargos estratégicos na gestão anterior, como o de ministro da Defesa e da Casa Civil. Hoje, o general é visto como a pessoa do partido mais próxima ao ex-presidente. Valdemar recorre a ele quando precisa agir em pontos mais delicados com Bolsonaro.
O presidente do PL tem visto Braga Netto cada vez mais como a melhor escolha do partido para a disputa pela Prefeitura do Rio e tem pontuado internamente que ele é o único capaz de ganhar do prefeito Eduardo Paes (PSD), provável candidato à reeleição. Braga Netto tinha uma preferência pela disputa ao Senado, mas seguirá a decisão do partido, segundo interlocutores. Bolsonaro já tem conversado com o aliado sobre as possibilidades eleitorais.
Passivo no TSE
Hoje, Braga Netto ocupa o cargo de secretário nacional de relações institucionais do PL e tem ajudado o partido na reestruturação das executivas estaduais, visando as eleições municipais de 2024. O PL quer eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores no próximo ano e, na previsão mais otimista, sonha com 1.500 cadeiras.
Apesar de ter escapado da condenação na semana passada, Braga Netto responde ainda a outras 11 ações no TSE. Os processos questionam, por exemplo, se houve abuso de poder político e econômico com o anúncio de medidas econômicas do governo às vésperas da eleição, como a antecipação do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás, o consignado do Auxílio-Brasil e o crédito da Caixa para mulheres empreendedoras. A investigação apura se houve uso da máquina pública para fins eleitorais.
Há, também, ações que questionam se a ida de Bolsonaro ao funeral da Rainha Elizabeth II e a participação na Assembleia-Geral da ONU foram usadas para impulsionar a chapa do ex-presidente e de Braga Netto.
O general foi inocentado por unanimidade pelo TSE no processo sobre abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, encerrado na última sexta-feira. Na ocasião, Bolsonaro atacou o processo eleitoral com informações falsas. A ação rendeu a ele uma condenação e a inelegibilidade por oito anos. A defesa avalia as possibilidades de recurso à própria Corte e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Para esta quinta-feira, Valdemar convocou uma reunião em Brasília com todas as bancadas, inclusive estaduais, para uma reação à condenação de Bolsonaro no TSE. O presidente do partido tem sofrido pressão para dar uma resposta à inelegibilidade do ex-presidente e vai investir em recursos processuais, na articulação no Congresso Nacional e no projeto que tenta anistiar o ex-presidente para tentar reverter o cenário.
Fonte: O GLOBO
Enquanto isso, Braga Netto tem a seu favor o capital político adquirido como interventor federal no Rio, além de ter a confiança de Bolsonaro. O militar da reserva foi vice na chapa do ex-presidente à reeleição em 2022 e ocupou cargos estratégicos na gestão anterior, como o de ministro da Defesa e da Casa Civil. Hoje, o general é visto como a pessoa do partido mais próxima ao ex-presidente. Valdemar recorre a ele quando precisa agir em pontos mais delicados com Bolsonaro.
O presidente do PL tem visto Braga Netto cada vez mais como a melhor escolha do partido para a disputa pela Prefeitura do Rio e tem pontuado internamente que ele é o único capaz de ganhar do prefeito Eduardo Paes (PSD), provável candidato à reeleição. Braga Netto tinha uma preferência pela disputa ao Senado, mas seguirá a decisão do partido, segundo interlocutores. Bolsonaro já tem conversado com o aliado sobre as possibilidades eleitorais.
Passivo no TSE
Hoje, Braga Netto ocupa o cargo de secretário nacional de relações institucionais do PL e tem ajudado o partido na reestruturação das executivas estaduais, visando as eleições municipais de 2024. O PL quer eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores no próximo ano e, na previsão mais otimista, sonha com 1.500 cadeiras.
Apesar de ter escapado da condenação na semana passada, Braga Netto responde ainda a outras 11 ações no TSE. Os processos questionam, por exemplo, se houve abuso de poder político e econômico com o anúncio de medidas econômicas do governo às vésperas da eleição, como a antecipação do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás, o consignado do Auxílio-Brasil e o crédito da Caixa para mulheres empreendedoras. A investigação apura se houve uso da máquina pública para fins eleitorais.
Há, também, ações que questionam se a ida de Bolsonaro ao funeral da Rainha Elizabeth II e a participação na Assembleia-Geral da ONU foram usadas para impulsionar a chapa do ex-presidente e de Braga Netto.
O general foi inocentado por unanimidade pelo TSE no processo sobre abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, encerrado na última sexta-feira. Na ocasião, Bolsonaro atacou o processo eleitoral com informações falsas. A ação rendeu a ele uma condenação e a inelegibilidade por oito anos. A defesa avalia as possibilidades de recurso à própria Corte e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Para esta quinta-feira, Valdemar convocou uma reunião em Brasília com todas as bancadas, inclusive estaduais, para uma reação à condenação de Bolsonaro no TSE. O presidente do partido tem sofrido pressão para dar uma resposta à inelegibilidade do ex-presidente e vai investir em recursos processuais, na articulação no Congresso Nacional e no projeto que tenta anistiar o ex-presidente para tentar reverter o cenário.
Fonte: O GLOBO
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