Ataques começaram após o político paulista trabalhar junto aos políticos da direita pela aprovação da Reforma Tributária
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos -SP) virou alvo da ira bolsonarista após trabalhar a favor da Reforma Tributária no Congresso, aprovada na Câmara nesta quinta-feira. Por outro lado, após o posicionamento, o político ganhou elogios de personagens inesperados, como o do deputado federal André Janones (Avante-MG), que chamou de companheiro nas redes.
Em post no Twitter, o parlamentar comemorou a expressiva votação do Republicanos, partido de Tarcísio, para aprovação da proposta, e chamou o governador paulista chamou de "essencial".
"Republicanos votou em peso conosco , e o PL garantiu mais 20 votos favoráveis! O meu muito obrigado ao companheiro Tarcísio, que foi essencial pra isso!", escreveu Janoes.
Por outro lado, a postura do governador incomodou antigos aliados do Bolsonarismo. O deputado federal Ricardo Salles, repostou a publicação de Janones, ironizando a homenagem. "Companheiro Tarcísio?", questiona o texto da postagem de Salles nas redes.
A insatisfação com a postura de Tarcísio já havia sido demonstrada por Salles ainda na tarde desta quinta-feira, quando ele enviou um recado para o governador durante reunião dos deputados da bancada com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
— Não vem aqui colocar faixa de representante da direita, porque não é. Nós temos as nossas próprios convicções, nós temos os nossos princípios e muitos de nós têm pelo presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira. (...)Nós não queremos e não seremos representados por alguém que vem aqui se dizer de direita e na hora de governar o estado para o qual foi designado pelo ex-presidente (Bolsonaro), não governa como alguém de direita — falou Salles durante discurso.
Quem também atacou diretamente o governador paulista foi o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que em suas redes pontuou, sem citar nominalmente o político, que ele "não ouviu aliados de primeira hora e foi elogiado pelo PT".
"Alguém tem duvida de quem está certo?", questionou o parlamentar na postagem.
Em uma reunião no PL, enquanto o governador se posicionava a favor do texto, foi interrompido pelo padrinho político, que afirmou que o texto não seria aprovado se o PL estivesse “unido”. Apesar dos esforços de Bolsonaro, 20 deputados votaram pela aprovação, enquanto 75 foram contra.
Fonte: O GLOBO
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