O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as causas

O Aeroporto de Florianópolis foi liberado na manhã desta quinta-feira depois de ficar quase 24 horas fechado devido a um avião derrapar durante o pouso. O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira e fez com que ao menos 92 voos fossem suspensos no terminal. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as causas.

A aeronave da LATAM foi removida da pista pela companhia às 7h39 desta quinta-feira. Segundo a Zurich Airport Brasil, concessionária do aeroporto de Florianópolis, às 9h, foi finalizada a recomposição do pavimento e limpeza da área, liberando a pista para operação.

Ao analisar as imagens, Gerardo Portela, que é especialista em gerenciamento de risco apontou três possíveis causas para o incidente: Tesoura de vento, erro humano e drenagem da pista. Ao NSC, ele explicou que o piloto perdeu o controle da aeronave quando ela já estava em solo, no processo de desaceleração. 

Em seguida, o trem de pouso acabou alcançando o terreno fora da pista e os pneus furaram. Na derrapagem, a turbina direita tocou o solo, servindo de apoio, mas sobrecarregou a estrutura da asa e danificou o motor.

Uma das possíveis causas apontadas pelo especialista está na condição climática desfavorável, que podem ocasionar acúmulo excessivo de água na pista ou ainda um fenômeno chamado tesoura de vento, que é a "mudança abrupta de direção, intensidade, velocidade do vento, causando a instabilidade de operação de voo e de aterrissagem".

Além disso, outra possibilidade apontada seria uma avaliação indevida ou incorreta das condições climáticas para pouso tanto por parte da torre ou da própria tripulação. Ele pontua ainda uma terceira causa que pode ter ocorrido, como uma falha de drenagem da pista por conta do acumulo excessivo de água.

Segundo o especialista, mesmo nas condições do momento do acidente, a estrutura tem que prover drenagem suficiente tanto para pista quanto para o terreno adjacente para que possa suportar chuvas intensas, como a que atingiu a região nesta quarta-feira.


Fonte: O GLOBO