Até a cúpula das Forças Armadas acredita que o destino de Jair Bolsonaro será a prisão. A temperatura sobre essa possibilidade mudou entre membros das Forças após a operação das joias deflagrada neste mês e que mostrou a negociação de presentes que Bolsonaro recebeu como chefe de Estado.

Nas Forças, a leitura é que uma eventual prisão de Bolsonaro não terá “reflexo algum” entre os militares da ativa e não será capaz de gerar mobilizações entre os membros da reserva.

Isso porque a percepção é que o apoio ao capitão reformado diminuiu com as provas que vieram à tona envolvendo o Bolsonaro e outros militares em compra e venda ilegal de joias. A compra e venda dos itens de luxo foi operacionalizada pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Maur Cid, por seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, e outros quer assessoravam Bolsonaro.

Alguns integrantes das Forças chegam a fazer um mea-culpa e apontam a escolha de nomes da caserna “excessivamente subservientes” a Bolsonaro como um dos motivos que podo ter colaborado levá-lo para atrás das grades.

No PL, partido de Bolsonaro, também não há otimismo de que a liberdade do ex-presidente dure muito tempo. Como informou a coluna, a legenda já trabalha com um cenário para as eleições municipais de 2024 com Bolsonaro julgado, condenado e cumprindo pena em regime fechado.


Fonte: O GLOBO