Entre as principais obras, estão o Hospital Universitário da Ufac; construção da ponte entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, nova maternidade de Rio Branco e casas populares.
O governo federal informou que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) investirá R$ 1,68 trilhão nos próximos anos, sendo que R$ 26,6 bilhões serão destinados ao Acre. No conjunto de obras do programa, estão as mais importantes:
Restauração da BR-364
Ponte ligando Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul;
Nova Maternidade em Rio Branco
Moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida;
Hospital universitário da Ufac
Há também obras voltadas à educação básica, conectividade nas escolas, infovias, atenção especializada e primária , luz para todos e rodovias.
A lista completa está no site do governo federal.Sobre as principais obras:
Comboi de políticos chegou a trecho que passam por manutenção — Foto: Arquivo/Asscom Aleac
BR-364
Em abril deste ano, o g1 mostrou a dificuldade para se chegar a segunda maior cidade do estado, Cruzeiro do Sul. Apenas uma companhia aérea opera voos com destino à cidade, em dias alternados, no período noturno. O alto custo das passagens torna o problema ainda mais grave. Desde março de 2022, a Gol opera os voos às segundas, terças, quintas e sábados, e apenas à noite. De acordo com a empresa, não há previsão para aumento do quantitativo destas viagens.
Outra maneira de chegar até a cidade é pela BR-364, mas as más condições da estrada maltratavam quem precisa dela para se locomover. A viagem que durava entre 8 a 12 horas de ônibus, chegou a ultrapassar as 20 horas e, dependendo do dia, podia durar as 24 horas no final do ano passado e começo deste ano. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já chegou a informar que não foram garantidos recursos para a estrada no ano passado e, por isso, a situação ficou crítica.
Em fevereiro deste ano, os prefeitos de cinco municípios interligados pela BR-364 assinaram um documento que pede a recuperação da rodovia e alerta para o impacto econômico na região. O documento foi entregue à bancada federal do Acre pelo prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima. Segundo ele, os problemas precisavam ser resolvidos para evitar o fechamento da estrada.
No dia 2 de abril, a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Acre (Dnit) declarou situação de emergência em alguns trechos do km 620 ao km 682 entre o Rio Gregório e o Rio Liberdade, que ficam entre as cidades de Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
É comum carros caírem na travessia da balsa entre Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves — Foto: Anna Clara/Arquivo pessoal
Ponte entre Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves
Uma reinvindicação antiga dos moradores do Juruá, tendo, inclusive, um grupo chamado "Movimento social pró-ponte", que luta de para a construção da estrutura ligando as duas cidades. Atualmente, os moradores de Rodrigues Alves conseguem chegar em Cruzeiro do Sul através da balsa ou pela rodovia AC-405. Pela rodovia, são 44 quilômetros de distância entre uma cidade e outra. Com a ponte, os moradores terão acesso direto ao Centro de Cruzeiro do Sul.
Em 2016, os moradores já reclamavam da situação e exigiam a obra, que chegou a ser uma das promessas do então governador Tião Viana (PT) em outubro de 2014, mas não foi cumprida.
As obras da maternidade tiveram início na última sexta-feira (4) — Foto: Júnior Aguiar/Sesacre
Nova Maternidade em Rio Branco
A primeira fase de construção da nova maternidade de Rio Branco começou nessa segunda-feira (7), segundo o anúncio do governo do Acre. Na última quinta-feira (3), o governador Gladson Cameli se reuniu com secretários para definir e divulgar a data de início de obras importantes de sua gestão.
A ordem de serviço da primeira etapa da obra foi assinada em dezembro do ano passado por Cameli. O novo hospital está no plano de governo de Gladson Cameli para a gestão dos próximos quatro anos.
A nova maternidade deve contar com:
150 leitos de enfermaria clínica e obstétrica;
16 salas de pré-parto, parto e pós-parto (PPP);
7 salas de cirurgia e de parto cesariano;
10 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) adulto;
30 leitos de UTI neonatal;
30 leitos de unidade de cuidados intermediários (UCI);
15 leitos de UCI canguru;
Além da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, que vai atender gestantes de alto risco.
Cidade do Povo, em Rio Branco — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida
De acordo com a Secretaria de Habitação e Urbanismo do Estado (Sehurb), o Acre tem um deficit de 24 mil habitações, sendo 11 mil apenas na capital. Em abril, os deputados aprovaram um projeto de lei do governo de empréstimo de R$ 50 milhões para construção de casas populares no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, Segundo Distrito de Rio Branco.
Em julho deste ano, já contando com o recurso para habitação, o governo lançou plataforma de inscrição.
No dia 14 de janeiro de 2019, quando iniciava o seu primeiro mandato, Gladson Cameli alterou os nomes de algumas secretarias e extinguiu outras. Entre as extintas, estavam a Secretaria de Estado de Habitação de Interesse Social (Sehab).
Já em seu segundo mandato, Gladson Cameli retomou a Secretaria de Habitação e Urbanismo do governo estadual do Acre, com objetivo de captar recursos para tirar projetos do papel.
Novo PAC
A nova versão do PAC foi coordenada pela Casa Civil, que selecionou projetos de infraestrutura nas 27 unidades da federação.
Lula aposta no retorno do programa para incentivar a geração de emprego e renda com grandes obras em diferentes áreas, com empreendimentos executados pelo governo federal e parcerias com o setor privado.
CONFIRA OS EIXOSO PAC foi criado em 2007, no segundo mandato de Lula, e mantido até o final da gestão de Dilma Rousseff, em 2016. Nas edições anteriores do programa, o governo gastou R$ 666,5 bilhões, em valores atualizados pela inflação até junho deste ano.
Apesar dos altos valores de investimento, o PAC teve baixa execução de obras. Um relatório do TCU de 2019 aponta que o PAC 1 (2007 a 2010) concluiu somente cerca de 9% das ações previstas no período. Já o PAC 2 (2011 a 2014) entregou 26% das medidas previstas.
Fonte: G1
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