Casa do Artesão ficou fechada desde 20 de julho, quando organização chegou a anunciar R$ 30 mil em prejuízos com arrombamentos. Estrutura do local recebeu reforço.

A Casa do Artesão de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, voltou a abrir as portas depois de ficar 32 dias fechada por conta de uma série de arrombamentos que chegaram a gerar um prejuízo de R$ 30 mil. O anúncio do fechamento foi divulgado na página oficial do estabelecimento no dia 20 de julho e na última segunda-feira (21), o espaço foi reaberto ao público.

O local, que funciona no centro da cidade, foi alvo de duas invasões desde 2021. Em agosto daquele ano, o local teve R$ 20 mil em prejuízos e a coordenação decidiu instalar grades. Quase dois anos depois, na madrugada de 17 de julho, um outro furto ocorreu. Criminosos entraram e mais uma vez levaram produtos. Não satisfeitos, retornaram dois dias depois para cometer mais um furto.

Reforço

O local é gerenciado pela Associação dos Artesãos do Vale do Juruá (Assavaj). E, para que pudessem reabrir, a casa contou com a troca das portas por uma estrutura mais segura, foi reforçada a segurança nas janelas e também deve ser colocado grades nas portas. Enquanto ficou fechada, os artesão se reuniram e fizeram até rifa para que a casa pudesse ser reaberta.

Marluce Lima, que é artesão há mais de 30 anos, comemorou a reabertura do local e disse que as buscas por melhorias continua.

“Estamos bem felizes, agora que reabrimos e só temos a agradecer, inclusive, já tem convite nas redes sociais para novos artesãos que queiram participar da nossa associação, bola pra frente. Agora é torcer para que haja vendas, produtos e muita coisa daqui pra frente. Já estamos mais seguros, mas ainda precisamos de mais segurança”, destacou.


Cerca de 52 artesãos estão cadastrados para vendas na casa — Foto: Tácita Muniz//arte g1

Referência cultural

A Casa do Artesão de Cruzeiro do Sul foi reinaugurada em 2007, e se tornou referência na produção cultural da região. Atualmente, são cerca de 52 artesãos cadastrados, que expõem seus produtos na casa.

A administração tem direito a 25% de cada peça comercializada, mas, quando é verificado que o preço determinado não vai gerar lucro para o artista, a casa abre mão da porcentagem.

O local funcionava de 8h às 12h, 14h às 17h e de 19h30 às 21h30 de segunda a sexta. No fim de semana, abre até o meio-dia, e depois de 19h30 às 21h30. Não há previsão de quando o espaço deve reabrir.

Fonte: G1