Especialista aponta que fendas ionosféricas se tornaram mais comuns à medida que um número recorde de foguetes passou a ser lançado
Um físico espacial afirmou ser "bem possível" que um foguete lançado pela SpaceX de Elon Musk, no mês passado, tenha aberto um buraco na ionosfera, camada em que a Terra encontra o espaço, a cerca de 80 a 640 quilômetros acima da atmosfera do planeta.
Em entrevista ao "Spaceweather", o pesquisador sênior da Universidade de Boston Jeff Baumgardner afirmou que as fendas ionosféricas se tornaram mais comuns à medida que um número recorde de foguetes passou a ser lançado.
Uma foto do fotógrafo Jeremy Perez, feita em 19 de julho, mostra efeitos do lançamento do foguete Falcon 9 de uma base na Califórnia. O Falcon 9 da SpaceX é um foguete reutilizável de dois estágios, projetado para transportar de forma confiável pessoas e cargas para a órbita.
A fotografia exibe um brilho fluorescente vermelho que Perez disse ter se "expandido para o sul" e "cruzado a Via Láctea". O fotógrafo afirmou que o fenômeno ficou visível por cerca de 20 minutos.
Jeff Baumgardner explicou que os buracos são temporários, já que o nascimento do sol provoca uma reionização do espaço. O físico disse que o fenômeno ocorre quando os "foguetes queimam seus motores de 200 a 300 quilômetros acima da superfície da Terra".
Representantes da SpaceX não se manifestaram sobre o caso. Um relatório da Arts Technica apontou que a empresa já causou o mesmo fenômeno em 2017 e em 2018, quando o lançamento do Falcon 9 causou um buraco de mais de 900 quilômetros de largura na ionosfera, por duas a três horas.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários