Brasileiro segue jogando normalmente pelo West Ham e marcou gol no último final de semana

As suspeitas do envolvimento de Lucas Paquetá, camisa 10 do West Ham e meia da seleção brasileira, em esquemas de manipulação de jogos para gerar lucros em apostas esportivas vieram à tona na última semana, horas antes da primeira convocação de Fernando Diniz. 

A investigação, que já é realizada pela FA, a federação de futebol da Inglaterra, há cinco meses, precisou ser acelerada no último mês. A entidade suspeita de que houve combinação para o brasileiro receber um cartão no jogo de estreia da Premier League, contra o Bournemouth, no último dia 12. As informações são do The Daily Mail.

Os primeiros passos da investigação analisavam apenas dois cartões amarelos recebidos na última temporada, em duelos contra Aston Villa e Leeds, em maio e março deste ano. Nas três ocasiões, o jogador foi advertido após entradas duras. 

O monitoramento da FA notou uma grande quantidade de movimentação em apostas realizadas na Ilha de Paquetá — bairro do Rio de Janeiro onde o jogador nasceu e é a origem do apelido — nos duelos, o que motivou a abertura do inquérito. Embora o processo já estava sendo investigado há meses, a nova ação motivou a aceleração do andamento, bem como contribuiu para que o caso se tornasse público.

O escândalo teve consequências imediatas: a primeira delas foi a desistência do Manchester City na negociação do jogador. Nas semanas anteriores, a imprensa inglesa noticiou que o atual campeão da Champions League ofereceu valores que passaram de R$ 540 milhões para adquirir o jogador, mas os Hammers não haviam aceitado a proposta. Quando as notícias vieram à tona, no entanto, o clube dirigido por Pep Guardiola encerrou as tratativas.

Paquetá também ficou de fora da lista dos primeiros 23 convocados por Fernando Diniz, que começa no próximo mês seu trabalho como treinador interino da seleção brasileira. Na coletiva de imprensa, o técnico afirmou que precisou mudar a seleção às pressas, assim que soube da notícia, mas demonstrou apoio ao jogador. 

"É uma questão de preservação nesse momento, deixar ele um pouco mais à vontade para resolver essas questões. A CBF está com as portas abertas para ele assim que ele conseguir resolver positivamente essas questões que apareceram de última hora", declarou Diniz. Até o momento, a defesa do jogador preferiu não se posicionar sobre o caso.


Fonte: O GLOBO