O crime bárbaro ocorreu no dia 13 de setembro de 2020. Seis acusados começam a ser julgados nesta segunda-feira (7).

Os seis acusados de uma chacina na fronteira do Acre com a Bolívia começam a ser julgados nesta segunda-feira (7). O crime aconteceu em 13 de setembro de 2020. A ocorrência foi atendida pelas polícias Civil e Militar do Acre. Segundo a PM, dois moradores de Acrelândia, que são da mesma família, trabalhavam com a retirada de madeira em uma propriedade boliviana e um deles teria estuprado a menina de 14 anos na localidade.

O pai da menina flagrou a situação, amarrou o homem a um tronco de árvore e foi até o lado brasileiro para pedir ajuda da polícia para prendê-lo. Ao perceber a situação, outro acreano que estava no local correu até sua casa, avisou que o parente estava preso na propriedade do boliviano e chamou os familiares para resgatar o suspeito de estupro.

O grupo, então, foi em motocicletas até a propriedade boliviana para libertar o homem. No local, eles mataram a mãe da menina de 14 anos, dois irmãos da adolescente que não tiveram as idades divulgadas, e ainda atiraram contra a adolescente.

Os corpos foram jogados próximos a uma árvore, e a casa da família foi queimada. O grupo teria ainda roubado cerca de R$ 10 mil e mais uma quantidade de dinheiro boliviano que estava na casa das vítimas.

O g1 tira dúvida sobre o júri que começa nesta segunda-feira (7):

Quem são as vítimas

Uma adolescente que na época tinha 14 anos e foi estuprada. Ela ainda chegou a ser baleada;
A mãe da adolescente
Dois irmãos da adolescente

Os nomes não foram divulgados por se tratar de menor vítima de crime sexual.

Quem são os acusados?

Sete foram denunciados como réus, porém um deles morreu. Os acusados são:

Gean Carlos Alves da Silva;
José Francisco Mendes de Sousa;
Geane Nascimento da Silva;
Gean Carlos Nascimento da Silva;
Gilvan Nascimento da Silva;
Luciano Silva de Oliveira.

Todos da mesma família.

O sétimo acusado, Gilvani Nascimento da Silva, de 19 anos, que teria sido o pivô de toda confusão que terminou em tragédia, foi assassinado a tiros no dia 6 de abril de 2021, em Rio Branco.

Quantas pessoas serão ouvidas?

A previsão é de que sejam ouvidas 21 pessoas sendo seis testemunhas pelo Ministério Público, nove de defesa e interrogatório dos seis acusados. O julgamento deve durar quatro dias, segundo Tribunal de Justiça.

Pelo o que os acusados respondem?

O júri vai ocorrer na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco e vai analisar se os acusados cometeram crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O crime de estupro de vulnerável não será analisado porque o acusado, o pivô de toda confusão, foi assassinado em abril de 2021.


Polícia Civil conclui inquérito sobre chacina de família boliviana na fronteira do AC — Foto: Arquivo/PC-AC

Fonte: G1