Governador abrigou ao menos outros quatro nomes ligados ao ex-presidente no primeiro escalão do governo paulista
O deputado federal Guilherme Murari Derrite (PL-SP) foi escolhido pelo governador paulista como secretário de Segurança Pública. Apoiador fiel do ex-presidente, ele é capitão da Polícia Militar e defende uma política linha-dura para combater a criminalidade.
Outro quadro do bolsonarismo convidado por Tarcísio é a vereadora paulistana Sonaire Fernandes (Republicanos). Indicada secretária de Políticas para a Mulher, ela é bolsonarista, evangélica e conhecida por seu combate às ideias feministas e posições conservadoras. Fernandes já publicou em seu perfil no Twitter mensagens em que diz que “o feminismo mata mais do que guerras e doenças”.
Já o irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Diego Torres Dourado, ocupa cargo de assessor especial no governo paulista. Em 2022, ele atuou na campanha de Tarcísio e se aproximou da militância bolsonarista.
Também no governo, o presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio de Sá, se tornou um dos braços direitos de Bolsonaro no Planalto, ao ocupar uma subchefia na Casa Civil. Era, também, rosto conhecido nas transmissões ao vivo semanais do ex-presidente.
Conheça a indicada
Como mostrou O GLOBO, Seillier é alinhada ao bolsonarismo e participou, em Brasília, dos atos de 7 de Setembro, em 2021. Na ocasião, postou um vídeo em suas redes sociais com a hashtag “Supremo é o Povo”, usada por apoiadores do então presidente para pedir o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e o impeachment de ministros da corte.
ira e tida como um quadro técnico, Seillier se tornou a primeira mulher a assumir a Infraero, no início do governo Bolsonaro, tendo ficado no cargo até julho de 2019, quando foi para o PPI, departamento do governo que cuida das privatizações e concessões.
No início de 2020, ela se envolveu em uma polêmica ao ser uma das três pessoas a bordo de um jato exclusivo da FAB que foi de Davos, na Suíça, para Nova Delhi, na Índia, onde Bolsonaro cumpria agenda. O episódio levou à demissão do secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini.
Procurada, a assessoria de Bolsonaro negou que ele tenha pedido cargo para Seillier. O GLOBO enviou mensagens para Seillier, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: O GLOBO
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