O procedimento é indicado quando algo fora do normal é detectado nos exames de rotina da mulher

A cantora Tati Quebra-Barraco, de 43 anos, realizou uma histeroscopia cirúrgica nesta segunda-feira, 28, no Rio. O procedimento, que visualiza a parte interna do útero e do canal endocervical com um instrumento chamado histeroscópio, podendo ser diagnóstico ou cirúrgico, como foi o caso da funkeira, que compartilhou a informação em sua rede social.

Ela foi operada por apresentar uma pele que poderia se tornar um câncer dentro de um período de 15 a 20 anos, como explicou em entrevista ao g1. Liberada no mesmo dia do hospital, Tati estará em repouso nos próximos 5 dias.

Tati Quebra Barraco realizou a cirurgia de histeroscopia — Foto: Reprodução/Rede social

Para que serve a histeroscopia cirúrgica?

Para ser indicada a realizar a histeroscopia, a paciente precisa estar passando por algum desconforto ou ter algo fora do normal nos exames de rotina. O médico investiga o que está acontecendo através da coleta de imagens do útero, do canal cervical e da vagina com a ajuda do histeroscópio, introduzido pela vagina e através do colo do útero. 

Nele, existe uma câmera acoplada, permitindo a visualização. O exame também pode ser realizado sob sedação quando há indicação médica.

Não existe limite de idade, podendo ser sugerido após já se ter feito um ultrassom da pelve. A histeroscopia ajuda no diagnóstico de problemas no funcionamento do útero, abortos espontâneos de repetição, fluxo menstrual excessivo e câncer de endométrio.

Como é feita a histeroscopia cirúrgica?

A histeroscopia cirúrgica é uma intervenção para corrigir algum problema. Assim como no exame, é introduzido um histeroscópio na vagina para visualização desta, do útero e do canal cevical. O histeroscópio progride até a cavidade uterina. Os instrumentos cirúrgicos são introduzidos na baínha do histeroscópio para o tratamento do que foi identificado como patologia.

Pode ser utilizada para retirada de alguns tipos de miomas e pólipos endometriais e endocervicais, assim como do DIU (quando não se visualiza mais o fio). Ela também é indicada no tratamento de malformações uterinas como septo uterino ou para ablação endometrial, procedimento usado para diminuir sangramentos em excesso.

No entanto, requer anestesia, que pode ser geral ou raquianestesia, para evitar desconfortos à mulher. Seu maior ponto positivo é sua rapidez e eficácia. Como foi no caso de Tati, a paciente tende a alta sem muita demora. Geralmente, o período recomendado de repouso é 24 horas após o procedimento.


Fonte: O GLOBO