Quatro pessoas foram presas e um PM ficou ferido durante ação neste terça-feira em uma área de invasão no bairro Irineu Serra, em Rio Branco. Operação segue nesta quarta (16) para cumprir ordem de reintegração de terras do governo.
Sessenta casas foram demolidas e quatro pessoas presas pela Polícia Militar durante o primeiro dia de reintegração de posse de uma área invadida no bairro Irineu Serra, em Rio Branco, na manhã desta terça-feira (15). O cumprimento da ordem judicial será retomado nesta quarta (16) na região.
Um policial militar ficou ferido durante a ação. Conforme o boletim do governo, um morador jogou uma pedra no rosto do militar.
A operação para reintegrar a área chamada popularmente de Terra Prometida começou com muito tumulto. Já nas primeiras horas do dia, agentes da Segurança Pública chegaram ao local e aguardavam para derrubar as casas. Com a chegada das máquinas ao local, os moradores tentaram fazer um bloqueio e a Polícia Militar usou spray de pimenta.
Um homem apareceu nas imagens sendo agredido por policiais militares. Pelas imagens, é possível ouvir gritos de ordem dos manifestantes.
A entrada das máquinas foi marcada por confusão. Os moradores tentaram impedir e foram contidos. Eles também usaram barreiras feitas de pneus. Além de spray de pimenta, foi usado gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Algumas pessoas se desesperaram com a derrubada das casas.
Polícia Militar prendeu quatro pessoas durante ação — Foto: Reprodução
Cadastramento
O governo disponibilizou o Parque de Exposições Wildy Viana como abrigo temporário para famílias que não tiverem para onde ir, até que sejam incluídas no Programa Bolsa Moradia Transitória. Contudo, algumas famílias optaram ficar na casa de parentes e amigos e outra aceitaram a inclusão no aluguel social.
O parque segue disponível para receber essas pessoas e seus pertences. Uma família optou por deixar os móveis e objetos pessoais no local.
Conforme o governo, foram realizados 80 cadastramentos para inclusão em aluguel social e 6 atendimentos em saúde no local. Além disso, o governo informou que toda assistência social foi prestada aos moradores retirados do local, com disponibilização de transporte para as famílias e para os bens às novas moradias. A área era ocupada irregularmente desde 2021.
Ordem da Justiça
O governo do Acre ressaltou que a ação é movida pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AC) e que pede a remoção de famílias que ocupam irregularmente as áreas de terra desde 2021.
Além disso, segundo o estado, a tentativa tem sido pelo diálogo, e foi garantido o benefício do aluguel social e a inserção dos moradores junto ao Cadastro Habitacional do Acre, porém, segundo o governo, a maioria optou por recusar as propostas.
“Cumprindo seu dever constitucional e legal de proteção do patrimônio público, o Estado do Acre ajuizou duas ações de reintegração de posse, cujos mandados foram deferidos e a execução foi suspensa por acordo, no qual os ocupantes declararam aceitar a desocupação voluntária em troca do aluguel social. Entretanto, o acordo foi descumprido pelos ocupantes”, disse Érico Barboza, procurador-chefe da Procuradoria do Patrimônio Imobiliário.
Fonte: G1
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