Na última segunda (28), número de famílias era 33. Famílias foram retiradas da área de invasão Terra Prometida.

Subiu para 50 o número de famílias acampadas em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em Rio Branco, nessa quinta-feira (31). Parte dessas pessoas estava na casa de amigos e conhecidos e decidiram ir para o local para cobrar um lugar para morar.

Na segunda (28), havia 33 famílias que tinham acampado em uma quadra esportiva no bairro Jorge Lavocat, em Rio Branco, e passaram a ocupar a Aleac. Essas pessoas moravam na área de invasão Terra Prometida, no bairro Irineu Serra, que passou por um processo de reintegração de posse no último dia 15.

O operador de máquina roçadeira Gilberto Nascimento resolveu acampar na Aleac nesta quinta deixando os filhos e a esposa na casa de uma irmã.

"Estamos procurando enfrentar da melhor forma possível, levando pra frente essa situação, sabemos que não é uma tarefa fácil. A gente está de cabeça erguida e sabendo que é para alcançar nosso objetivo. Infelizmente, não temos onde morar, onde colocar nossa família, nossos parentes", contou.


Moradores exigem um lugar para morar — Foto: Richard Lauriano/Rede Amazônica Acre

Ele afirmou que não está participando da movimentação desde o início porque estava em busca de alimentos para a família. "Com a comoção e a verdade, pessoal vem ajudando com alimentos e vamos levando até onde Deus nos permitir", disse.

Débora Braga, de 28 anos, falou que conseguiu retirar algumas madeiras da antiga casa que tinha na invasão, guardou em um lugar segurou e levou os filhos para a casa da ex-sogra enquanto acampa na assembleia. "Não tenho para onde ir. Quero um terreno pra eu viver com meus filhos, viver na minha casa. Não estou trabalhando, não tenho de onde tirar", alegou.

O que diz o governo

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos confirmou que das 200 famílias cadastradas no aluguel social, 105 famílias entregaram a documentação exigida pela legislação, o que as habilita a serem beneficiadas.

Ainda segundo o governo, não tem como aumentar o número de famílias acampadas na Aleac, 'tem como diminuir. Não estão cadastrando mais ninguém, só quem estava habitando na invasão'.

Fonte: G1