Centro Acadêmico reclama de omissão por parte da reitoria da universidade e afirma que suposto agressor voltou a frequentar as aulas após um processo disciplinar. Ufac diz que vai convocar conselho universitário para deliberar sobre desligamento definitivo.
O Centro Acadêmico Pedro Martinello, do curso de bacharelado em História, da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, denunciou casos de abuso, importunação sexual e ameaças que teriam sido cometidos por um estudante do curso. De acordo com uma nota oficial, o centro relata que o problema acontece desde o ano passado, e acusa a reitoria de omissão.
Ainda conforme a entidade, o suposto agressor voltou a frequentar as aulas após ter passado por processo disciplinar que o suspendeu.
“Dessa forma, foi feita uma mobilização entre CA, coordenação e discentes conseguindo articular um processo disciplinar e o afastamento do indivíduo. porém, com a falta de transparência e decisão por parte da reitoria, o aluno voltou a frequentar o ambiente do curso, o que coloca em risco alunas, professoras e funcionárias do bloco”, afirma a nota. (Veja a íntegra do texto após esta reportagem)
A Ufac também publicou uma nota oficial sobre o caso nessa quarta-feira (6), na qual afirma que assim que a denúncia chegou ao gabinete, o aluno foi suspenso e um inquérito disciplinar foi instaurado. Ainda segundo a Ufac, “esta semana, a suspensão foi renovada e o Conselho Universitário (Consu) será convocado para deliberar sobre a possibilidade do desligamento definitivo do discente”. (Veja a íntegra do texto após esta reportagem)
Denúncias
Em denúncias encaminhadas à reitoria, o centro afirma que o estudante cometeu assédio contra mulheres do curso, além de homofobia, intolerância religiosa, agressões verbais, e uso de bebida alcoólica e drogas ilícitas no bloco e durante as aulas. Um abaixo-assinado foi feito para pedir providências e foi encaminhado à administração da Ufac diversas vezes.
O g1 não conseguiu contato com o estudante. A Ufac confirmou o recebimento de um comunicado que relata eventos ocorridos em 26 de julho no campus-sede, e cita que resultaram em intervenção da Polícia Militar.
“A Reitoria reitera que adotou as medidas regimentais cabíveis contra a suposta conduta incompatível com a convivência acadêmica e que o processo está em andamento até que se tenha a emissão do parecer da comissão de inquérito disciplinar, responsável por apurar os fatos”, afirma a Ufac.
Nota do C.A. Pedro Martinello
O Centro Acadêmico Pedro Martinello, do curso Bacharelado em História, vem por meio desta, demonstrar repúdio e indignação às instâncias superiores da Ufac, especificamente à reitoria, devido a sua omissão em relação às denúncias movidas pelo respectivo CA e coordenação do curso, referente aos casos de assédio moral, importunação sexual e ameaças manifestadas por um discente da graduação mencionada neste texto.
O problema estende-se desde o ano de 2022 com o estopim ocorrido mês de agosto, com novamente um caso de importunação sexual. Dessa forma, foi feito uma mobilização entre CA, coordenação e discentes conseguindo articular um processo disciplinar e o afastamento do indivíduo. porém, com a falta de transparência e decisão por parte da reitoria, o aluno voltou a frequentar o ambiente do curso, o que coloca em risco alunas, professoras e funcionárias do bloco.
Com isso, nós do Centro Acadêmico, juntamente com coordenação do curso e os discentes, nos mobilizamos para pressionar a reitoria omissa, a tomar a decisão mais sensata e correta, o jubilamento do indivíduo e a sua proibição de circular no bloco, e no campus Ufac, tendo em vista que o caso foi levado à esfera judicial através de Boletins de Ocorrência. Não aceitaremos menos que isso!
Nota oficial da Ufac
A Reitoria da Ufac esclarece que, em relação ao caso de aluno acusado de assédio e ameaças contra alunos e servidores da universidade, assim que a denúncia chegou ao gabinete, foram tomadas estas medidas: suspensão imediata do aluno e instauração de inquérito disciplinar. Esta semana, a suspensão foi renovada e o Conselho Universitário (Consu) será convocado para deliberar sobre a possibilidade do desligamento definitivo do discente.
O caso foi relatado em comunicado da Coordenação do curso de História (bacharelado), o qual trata de eventos ocorridos em 26 de julho, no campus-sede, que resultaram em intervenção da Polícia Militar. A Reitoria reitera que adotou as medidas regimentais cabíveis contra a suposta conduta incompatível com a convivência acadêmica e que o processo está em andamento até que se tenha a emissão do parecer da comissão de inquérito disciplinar, responsável por apurar os fatos.
Fonte: G1
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