Audiência de instrução está marcada para esta quarta-feira (20) na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Mauristelio Tessinari de Sousa foi denunciado por homicídio qualificado.
O ex-vereador Mauristelio Tessinari de Sousa, conhecido como Teio Tessinari, da cidade de Capixaba, no interior do Acre, vai ser ouvido nesta quarta-feira (20) em uma audiência de instrução e julgamento, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco. Ele é acusado de matar Antônio Deuzimar Santiago da Silva, de 49 anos, em junho do ano passado.
O crime ocorreu em um ramal que fica na Vila Maparro, na Bolívia, país que faz fronteira com o estado do Acre. Silva era morador de Capixaba assim como o ex-vereador e foi assassinado com quatro tiros.
Em depoimento na delegacia dois dias após o crime, o então vereador de Capixaba disse que agiu em legítima defesa, após luta corporal com a vítima.
Na época, a polícia informou que Teio desconfiava que Antônio Deuzimar estaria furtando gado de suas propriedades. E a discussão teria começado exatamente por conta disso, quando a vítima foi tirar satisfação com o acusado. Conforme o delegado responsável pela investigação, Aldízio Neto, o vereador já tinha feito um boletim de ocorrência alegando que a vítima teria furtado o gado dele.
Crime ocorreu em um ramal que fica na Vila Maparro, na Bolívia — Foto: Reprodução
Denúncia
Conforme denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), a vítima estava de passagem pelo ramal durante deslocamento a uma propriedade rural boliviana onde mantinha arredamento de gado e pasto, quando desembarcou do seu veículo para abrir uma porteira e foi surpreendido pelo acusado.
Ainda segundo o MP-AC, o ex-vereador também trabalhava com arrendamento de gado e pasto, mas estava furtando a parte que era devida ao proprietário dos animais e, para não pagar a dívida, apontou a vítima como autor dos furtos. Por isso, teria matado a vítima para assegurar impunidade no crime de furto de gado.
Aguiar foi denunciado pelo crime de homicídio, qualificado por emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e no intuito de assegurar impunidade em outro crime. A denúncia contra ele foi aceita pela Justiça em dezembro de 2022.
Fonte: G1
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