Agentes cumprem também dez mandados de busca e apreensão em SP, Paraná, Minas Gerais e Goiás; objetivo é identificar suspeitos de instigar, depredar e financiar atos golpistas
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da nova fase da operação é identificar pessoas que depredaram os prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, além de incitadores, financiadores e fomentadores dos atos golpistas.
Entre os alvos está Aildo Francisco Lima, preso em São Paulo. Segundo as investigações, ele participou da invasão do prédio STF e fez uma live sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes. Outra suspeita presa em São Paulo é Basília Batista, que entrou no Congresso.
Aildo Francisco Lima, mais conhecido com Bahia, sentado na cadeira de Alexandre de Moraes durante ataques golpistas do 8 de janeiro — Foto: Reprodução/Instagram
O órgão afirma que os fatos investigados constituem, "em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido".
Na fase anterior da Lesa Pátria, em 5 de setembro, a PF cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais. Os alvos foram pessoas que pagaram ônibus para transportar os invasores dos prédios públicos. Na ocasião, foram bloqueados bens dos investigados para reparação dos danos, que, segundo a PF informou, podem chegar a R$ 40 milhões.
Julgamentos
No último dia 14, o plenário do Supremo condenou os primeiros três acusados de depredar os prédios públicos a penas de 14 e 17 anos de prisão. Eles foram condenados por cinco crimes, conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR): abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estados, associação criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Nesta semana, os julgamentos contra os executores dos atos golpistas continuam no plenário virtual do STF, no qual os ministros apresentam seus votos remotamente. O relator dos processos, Alexandre de Moraes, abriu a sessão virtual votando pela condenação de mais cinco réus. Ele propôs penas de 12 a 17 anos de prisão. A análise desses casos vai até o próximo domingo.
Fonte: O GLOBO
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