Bestene ocupa atualmente cargo na Secretaria de Estado de Governo (Segov) e venceu disputa interna contra o atual prefeito de Rio Branco. Além da escolha por Bestene, direção municipal do partido recebeu quatro pedidos de expulsão de Bocalom por infidelidade partidária.

O Progressistas (PP) sinalizou, na último sábado (23), que o escolhido para concorrer à prefeitura de Rio Branco deve ser o secretário de Estado de Governo, Alysson Bestene. No mesmo encontro, o partido passou a discutir também a possível expulsão do atual prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom.

Bestene já ocupou diferentes cargos no governo de Gladson Cameli, como o de secretário de Saúde e chefe de departamento da Segov. Através de uma rede social, Bestene agradeceu o apoio de aliados.

“Vamos seguir dialogando com verdade, humildade e ética, construindo um projeto que tenha como objetivo principal, garantir a melhoria de vida do nosso povo, assegurando mais dignidade e oportunidade para nossas famílias”, disse.

A presidente da executiva municipal do Progressistas em Rio Branco, deputada Socorro Neri, informou também em uma rede social que a escolha de Bestene aconteceu por aclamação, e que durante as deliberações foram apresentados quatro pedidos de expulsão de Bocalom por infidelidade partidária.

“A discussão relacionada ao candidato a vice da chapa será realizada em momento oportuno, em que tivermos a definição das alianças partidárias para o pleito de 2024 em Rio Branco. Além disso, foram apresentados quatro pedidos de expulsão do filiado Sebastião Bocalom do quadro do Progressistas de Rio Branco por infidelidade partidária, situação que será tratada à luz do Estatuto do Partido”, afirmou.

Bocalom não se pronunciou sobre os pedidos de desfiliação, mas disse que considera a decisão do partido como algo natural. O prefeito também disse que esse não é o momento de fazer a escolha, e que o candidato do partido deve ser escolhido durante as convenções.

“Para mim, está tudo normal, sem nenhum problema. Coisa mais natural do mundo. Porque é natural dentro de um partido que alguém torça para um candidato, e outro queira que outro candidato seja escolhido. Não tem nenhum problema, acho que tudo é natural. Sabe por que? Porque a época de decidir isso não é agora. A época para decidir isso é nas convenções, que é quando acontece de forma legal”, comentou.

O vereador João Marcos Luz (sem partido) publicou um vídeo em apoio ao prefeito de Rio Branco, no qual faz críticas à escolha do Progressistas. Luz afirma que Socorro Neri e seus aliados tentam “destruir uma gestão que está dando certo mesmo com muitos desafios”, o que atribui à derrota de Socorro contra Bocalom nas eleições municipais de 2020.

“Será que é hora de revanchismo, rancor ou inveja? Não é hora de unir forças para ajudar Rio Branco? O próprio governo do estado tem suas dificuldades, não consegue resolver a questão dos sem moradias e nem pagar os terceirizados da saúde. Enfim, todos com algum problema e a deputada criando mais problema?”, declarou.

Movimentações para a disputa


Marcus Alexandre se filiou ao MDB em Brasília, em cerimônia com o presidente nacional do partido, Baleia Rossi — Foto: Asscom

A escolha de Bestene é um novo capítulo nas movimentações para as próximas eleições municipais. Em agosto, o ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre anunciou filiação ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), após ter saído do Partido dos Trabalhadores (PT) em dezembro de 2022. Ele é cotado para disputar a prefeitura pelo MDB em 2024.

Com a chegada dele, diversos integrantes do partido que se candidataram a cargos eletivos em 2022 pediram desfiliação. Entre eles, João Marcos Luz, que ainda não anunciou filiação a uma nova legenda. Além dele, outras três figuras políticas do estado deixaram o MDB após a chegada de Marcus Alexandre.

Fonte: G1