O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não quer transformar o 7 de setembro em ato político, como sempre fez seu “padrinho” Jair Bolsonaro. O governador tratará a data como um “evento de Estado”, segundo aliados, e não planeja discursar.

Tarcísio marcará presença no desfile Cívico-Militar, que acontece no Sambódromo do Anhembi, e estará no palanque ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O governador, no entanto, já afirmou a aliados que não dará nenhuma fala.

A postura é distinta da que adotou no ano passado, quando estava em campanha com o apoio de Bolsonaro ao governo paulista. Na ocasião, Tarcísio subiu em um caminhão na Avenida Paulista, citou os bandeirantes e elogiou o então presidente. Em 2022, Bolsonaro não chegou a ir a São Paulo na data, porque participou do desfile em Brasília e de outro ato no Rio de Janeiro usando a celebração da Independência como palanque político de si próprio e de seus candidatos.

Alguns aliados de Bolsonaro, entre eles o ex-secretário da Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten, tentam convencer o ex-presidente a comparecer ao evento em São Paulo, como informou o site “Metrópoles”.

A leitura desses apoiadores é que o 7 de setembro na capital paulista deveria ser usado para se contrapor ao desfile que o governo Lula organizou em Brasília. Entre as mensagens que o atual governo que passar no evento estão união e defesa da democracia.

Tarcísio, porém, não abraçou o plano e pretende adotar uma postura discreta e tratar o 7 de setembro como “data cívica”. Se Bolsonaro decidir ir à capital paulista e subir no palanque, pode atrapalhar a estratégia do pupilo. Alguns aliados do ex-presidente estavam insatisfeitos, porque desejavam o envio de um convite formal para que ele participasse do ato em São Paulo. 



Fonte: O GLOBO