Nesta segunda-feira, jovem de 17 morreu em Escola Estadual Sapopemba, em São Paulo; atirador foi preso
A vítima era Giovanna Silva, de 17 anos, morta a tiros dentra da instituição de ensino. O atirador se entregou à polícia. Ele foi apreendido e será remetido à Fundação Casa.
Outras duas meninas foram atingidas no tórax, na clavícula e no membro superior direito. Um menino se feriu ao correr do ataque, mas não teria sido atingido por disparos.
Batizado de "O extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às escolas e alternativas para a ação governamental", o relatório aponta que quatro desses ataques aconteceram no segundo semestre de 2022. O documento, datado de dezembro de 2022, apontou ainda que 72 pessoas ficaram feridas em 16 episódios do gênero, contados a partir do início dos anos 2000.
Cambé (PR)
No Paraná, em julho, os namorados Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, 16, foram mortos no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé. O autor do ataque foi encontrado morto dias depois na cela onde estava, na Casa de Custódia de Londrina. Outras três pessoas foram presas por envolvimento no caso.
Blumenau (SC)
Em abril deste ano, quatro crianças morreram em um ataque a uma creche de Blumenau, em Santa Catarina. Após invadir o Centro Educacional Cantinho do Bom Pastor, o criminoso, um homem de 25 anos, se entregou para a polícia. Ele foi preso por quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificados.
Vila Sônia (SP)
No último dia 27 de março, a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem esfaqueadas por um aluno de 13 anos. O agressor, que estudava no oitavo ano na escola, foi desarmado por professoras e está internado em uma unidade da Fundação Casa.
A polícia investiga a participação de outros dois alunos no ataque e a Justiça concedeu a quebra de sigilo do celular, do computador e do videogame Xbox do adolescente que matou Elisabete.
Esclarecimento aos leitores sobre cobertura de ataques e massacres pelo Grupo Globo
A respeito do ataque ocorrido hoje a uma creche em Blumenau (SC), no qual quatro crianças foram mortas e outras cinco, feridas, o Grupo Globo divulgou nota sobre as diretrizes que orientam a cobertura de casos de ataques e massacres de seus veículos de imprensa:
"Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi o de evitar dar fama aos assassinos para não inspirar autores de novos massacres. Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações.
A decisão segue as recomendações mais recentes dos mais prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques. Estudos mostram que os autores buscam exatamente esta "notoriedade" por pequena que seja. E não noticiamos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado "efeito contágio".
Fonte: O GLOBO
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