Presidente americano fez pronunciamento ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e garantiu que os EUA apoiam o povo israelense contra o terrorismo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que as atrocidades cometidas pelo Hamas "fazem o Estado Islâmico parecer mais racional", ao comentar o ataque do grupo terrorista palestino contra Israel que deu início ao atual conflito no Oriente Médio.
— [O Hamas] levou reféns, incluindo crianças. Imagina o que essas crianças que estavam se escondendo do Hamas devem ter pensado. Vai além da minha compreensão. Eles cometeram maldades e atrocidades que fazem o Estado Islâmico parecer mais racional — afirmou Biden durante um pronunciamento à imprensa em Tel Aviv, ao lado do premier israelense, Benjamin Netanyahu.
Não é a primeira vez que o presidente americano compara o Hamas ao Estado Islâmico, grupo terrorista que atingiu seu auge nos primeiros anos de guerra na Síria e propagava a ideia de criação de um novo califado. Ainda nos primeiros dias do conflito, Biden fez um pronunciamento na Casa Branca no qual afirmou que a "sede de sangue" do grupo palestino trazia à memória o EI.
– A brutalidade do Hamas, esta sede de sangue, traz à mente o pior, os piores ataques do Estado Islâmico. Isto é terrorismo – disse Biden, no pronunciamento feito no dia 10 de outubro.
A viagem de Biden para Tel Aviv, destacada por Netanyahu como a primeira de um presidente americano a Israel em tempos de guerra, deve cumprir com seu objetivo de demonstrar apoio ao principal aliado dos EUA no Oriente Médio, mas foi prejudicada pela explosão no hospital al-Ahli, em Gaza, que deixou cerca de 500 mortos — e pelo qual autoridades palestinas acusam Israel. O democrata teria uma reunião de cúpula com líderes da região na Jordânia, mas a agenda precisou ser cancelada diante do acirramento provocado pelo massacre de pacientes civis.
Ao lado de Netanyahu, em uma declaração conjunta a repórteres, Biden endossou a versão israelense de que a explosão foi provocada por um disparo da Jihad Islâmica, outro grupo terrorista que atua em Gaza. A organização negou a hipótese israelense e acusou o Estado Judeu de tentar encobrir seus crimes de guerra.
Tanto Biden quanto Netanyahu afirmaram que trabalhariam para evitar que tragédias contra civis voltassem a acontecer, em uma sinalização à questão humanitária, pela qual Israel vem sendo cobrado recorrentemente desde que lançou bombardeios em resposta ao Hamas.
Fonte: O GLOBO
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