Estrangeiros estavam em lua de mel no país; polícia local suspeita que ataque foi feito por grupo terrorista ligado ao Estado Islâmico

Um casal de turistas e um guia local foram mortos a tiros enquanto faziam um passeio pelo Parque Nacional da Rainha Elizabeth, no sudoeste da Uganda, nesta terça-feira. Os estrangeiros, que seriam britânicos e sul-africanos, ainda não foram identificados. Eles estariam em lua de mel. Já o ugandense foi apontado como Eric Alyai.

O veículo 4x4 em que o trio estava foi encontrado em chamas no parque. Segundo a polícia local, que definiu o ataque como “covarde”, os oficiais estão determinados a “perseguir os agressores”. As autoridades suspeitam que os responsáveis possam ser membros do grupo terrorista islâmico Forças Democráticas Aliadas (ADF), ligado ao Estado Islâmico.

Ivan Wassaaka, co-proprietário da Gorillas and Wildlife Safaris, a empresa que conduziu o passeio, disse ao jornal britânico “Independent” que o veículo foi “emboscado” entre 18h e 19h, horário local. No X, o porta-voz da polícia de Uganda Fred Enanga escreveu que as “forças conjuntas responderam imediatamente ao receber a informação, e estão perseguindo agressivamente os suspeitos”.

A ADF começou no oeste do país, mas se expandiu para a vizinha República Democrática do Congo no final da década de 1990. Em 2019, a organização jurou lealdade ao Estado Islâmico, e é acusada de matar milhares de pessoas em ataques frequentes. Na semana passada, combatentes da ADF mataram pelo menos um homem e feriram outro quando emboscaram um caminhão no oeste de Uganda.

Após o ocorrido, o Escritório de Relações Exteriores, Comunidade e Desenvolvimento do Reino Unido atualizou seu conselho de viagem para Uganda, alertando contra “todas as viagens que não sejam essenciais” para o Parque Nacional da Rainha Elizabeth. “Se você estiver atualmente no parque, deve seguir os conselhos das autoridades locais de segurança”, diz a autoridade em seu site.


Fonte: O GLOBO