O Botafogo está agindo para tentar manter para terça-feira a partida contra o Fortaleza, desmarcada após o efeito cascata da falta de luz no Nilton Santos. No sábado, o jogo contra o Athletico-PR foi interrompido no início do segundo tempo e remarcado para domingo. Porém, caso consiga, o clube e também a CBF comprarão uma briga com os jogadores de futebol como classe.
O adiamento do jogo foi decidido com base no artigo 26 de Regulamento Geral de Competições. Ele afirma que entre o término de um jogo e o início de outro é preciso que se respeite o prazo de 66 horas.
John Textor, controlador da SAF do Botafogo, disse ao repórter João Pedro Fragoso:
— É verdade que concordamos com a aplicação das regras pela CBF, o que resultou na remarcação do nosso jogo para as 15h de hoje. Mas nós não concordamos, porém, com o adiamento do nosso jogo contra o Fortaleza. Deixamos claro que queremos disputar este jogo conforme programado e estamos em discussão com a CBF sobre a nossa oportunidade de fazê-lo.
Esse período de intervalo não foi decidido pela CBF. A solicitação foi feita pelos atletas de futebol através de seu sindicato, a Fenapaf. E depois de algumas ações na Justiça.
A bem da verdade, o pedido era até maior, que o intervalo entre as partidas fosse de 72h, mas os atletas e a CBF chegaram a um consenso de que essa quantidade de horas poderia prejudicar a elaboração das tabelas dos campeonatos. E concordou-se com 66 horas.
A decisão da CBF só será tomada a partir desta segunda-feira. De qualquer maneira, o jurídico da Fenapaf está de sobreaviso para tomar medidas necessárias caso a partida seja mantida. O medo da instituição é que uma decisão favorável ao Botafogo abra precedentes para ocasiões futuras.
Para tentar contornar essa possibilidade, jogadores do alvinegro enviaram à Fenapaf e ao Sindicato de Atletas Profissionais um abaixo-assinado respaldando a movimentação do Botafogo. Trinta atletas do clube, incluindo as principais figuras do elenco, assinaram o documento.
Fonte: O GLOBO
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