Adolescente de 14 anos morreu após ataque; outros três estudantes também foram atingidos

A Escola Profissional Dom Bosco, em Poço de Caldas, sul de Minas Gerais, suspendeu as aulas desta quarta-feira. A decisão foi tomada após os estudantes da instituição terem sido alvo de ataque na tarde desta terça. Na ocasião, um ex-aluno esfaqueou e matou um adolescente de 14 anos. Além dele, outros três ficaram feridos. 

Nas redes sociais, o colégio afirmou que as aulas noturnas desta terça foram canceladas, e que as de quarta seriam suspensas. O crime ocorreu no horário de saída dos alunos. O agressor atingiu quatro pessoas antes de ser contido pelos próprios moradores da cidade, que o imobilizaram até a chegada da Polícia Militar.

Imagens depois do ataque a escola em Poços de Caldas — Foto: Reprodução

O adolescente que morreu foi identificado como Leonardo William da Silva. Ele chegou a ser levado para a Santa Casa da cidade, mas não resistiu ao ferimento. A unidade ainda atendeu outras três vítimas, sendo dois estudantes de 13 anos e uma adolescente de 17. Os dois mais novos, segundo a “Folha de S.Paulo”, estavam em estado gravíssimo.

A estudante mais velha foi ferida superficialmente. À Folha, a mãe da jovem disse que a menina foi a primeira a ser atacada. Afirmou, ainda, que ela “viu o autor armado e entrou na frente dele para impedir que ele atingisse as crianças”, momento em que ele teria segurado o seio dela e a esfaqueado. “Depois, foi atrás do aluno”, narrou.

Ainda na noite desta terça-feira, o governador Romeu Zema (Partido Novo) usou as redes sociais para comentar o caso e defender a redução da maioridade penal. “É inaceitável qualquer atentado contra a vida de nossas crianças. (...) O Congresso tem que ter coragem para discutir a redução da maioridade penal”, escreveu.

Em nota, a Prefeitura de Poços de Caldas disse ser “solidária a toda comunidade escolar da Escola Profissional Dom Bosco neste momento de dor e consternação, especialmente às famílias dos alunos atingidos”. Afirmou, também, estar “à disposição no atendimento por meio dos serviços de emergência e rede de saúde”.


Fonte: O GLOBO