Trabalhadores da Red Pontes reclamam de atraso nos salários e férias, e, dessa vez, criticam a Sesacre, que teria prometido fazer os pagamentos devidos pela empresa.

Os funcionários da Red Pontes, empresa terceirizada que presta serviços à Saúde do Acre fizeram um novo protesto em frente ao pronto-socorro de Rio Branco no início da noite desta terça-feira (3). Mais uma vez, o grupo fechou a rua no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a Nações Unidas, na esquina do hospital, para reivindicar salários atrasados.

Porém, de acordo com os manifestantes, dessa vez o protesto faz críticas à Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), que teria assumido o compromisso de fazer os pagamentos devidos pela Red Pontes. O g1 entrou em contato com a assessoria da Sesacre. Em nota, o órgão disse que os pagamentos de plantões extras em atraso serão creditados em folha de pagamento suplementar até sexta-feira (6).

"O Estado preza pelo fiel cumprimento de suas obrigações e reconhece a importância e dedicação dos profissionais que atuam na área da saúde. Garantir o repasse correto e pontual dos pagamentos é uma prioridade para esta gestão, que não tem medido esforços a fim de providenciar a solução mais célere no processo de pagamento", conclui a nota.

Os funcionários já fizeram pelo menos outros dois protestos ao longo do último mês. No dia 25 de setembro, os funcionários protestaram após o secretário de Saúde Pedro Pascoal anunciar que o estado pagaria, diretamente, o vale alimentação dos trabalhadores. Porém, segundo os manifestantes, o pagamento não havia sido feito até a manhã daquela segunda-feira.

Estela Maria é funcionária da Red Pontes lotada no pronto-socorro, e disse que o grupo vai permanecer no local até que representantes do governo compareçam para dar explicações.

"Sou funcionária da Red Pontes, mas hoje a minha briga não é contra a empresa, é contra a Sesacre, que ficou de passar diretamente para a nossa conta o dinheiro e não repassou. Disseram que até o dia 2 eles fariam o nosso pagamento e eles não fizeram. A Sesacre passa para o Ministério Público, o Ministério Público passa para nós, e ninguém faz nada.

Tem gente que está com 4 meses sem receber, eu já estou entrando para os 3 meses. E aí, ninguém faz nada, não tem ninguém por nós, apenas nós mesmos. Eu trabalho aqui no pronto-socorro à noite, estou de Plantão hoje, mas estou fazendo a manifestação", contou.

Na noite do dia 19 de setembro, o grupo fez o primeiro protesto, e também fechou a rua em frente ao PS. Uma funcionária da empresa que preferiu não se identificar, informou ao g1 que o protesto foi rápido, e que permaneceram no local apenas até o secretário de Saúde Pedro Pascoal chegar para conversar com eles. A trabalhadora contou que decidiram fazer o protesto com a esperança de receber ainda naquela noite, o que não aconteceu.

Fonte: G1