O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta terça-feira que a greve do metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da companhia de saneamento básico (Sabesp) mostra que o governo está na direção certa em estudar a privatização de linhas e da estatal de saneamento. Ele elogiou as linhas de metrô concedidas à iniciativa privada, que não paralisaram nesta manhã.
Funcionários do metrô, da CPTM e da Sabesp entraram em greve conjunta nesta terça-feira, em São Paulo. A paralisação ocorre em protesto contra o plano do governado de São Paulo de privatizar a estatal de saneamento e fazer a concessão de linhas metroferroviárias.
Tarcísio tem criticado o movimento grevista desde a segunda-feira. Ele diz ser "lamentável que a população acorde mais uma vez refém de sindicatos que manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos". E chama a greve de "ilegal e abusiva", citando a decisão da Justiça que determinou 100% de operação nos horários de pico.
— Essa turma não respeita nem o Poder Judiciário nem o cidadão. Dizem que são contra as privatizações. Mas quais são as linhas que estão funcionando hoje? Aquelas concedidas à iniciativa privada. Isso mostra que estamos na direção certa, que temos, sim, que estudar (as privatizações) — declarou o governador em um pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes nesta manhã.
Tarcísio diz esperar que greves como a desta terça continuem até o ano que vem, já que a motivação, em seu entendimento, é desgastar o seu governo.
Em coletiva de imprensa após o discurso, Tarcísio associou o movimento grevista a interesses eleitorais ao dizer que "sindicatos controlados por partidos que pleiteiam disputar a eleição do ano que vem". A referência, segundo aliados, foi a Camila Lisboa, presidente do sindicato dos metroviários e filiada ao PSOL. A sigla deve lançar o deputado federal Guilherme Boulos para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024.
Fonte: O GLOBO
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