Auxiliares dizem que presidente segue indeciso e que não há sequer favorito para a sucessão de Aras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem concentrado praticamente todas as suas conversas nos últimos dias na busca de uma solução para o resgate do grupo de brasileiros que está na Faixa de Gaza e nos detalhes da posição do país no Conselho de Segurança da ONU.
Como consequência, não há perspectiva de definição de outros temas de interesse do governo, como a indicação do substituto de Rosa Weber ao Supremo Tribunal Federal (STF) e do nome que ocupará o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) — neste último caso, aliados dizem que o presidente segue indeciso e não há sequer nome favorito.
Com a viagem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para Índia e China, a agenda do governo no Congresso também segue em compasso de espera. Uma reunião de líderes nesta terça tentará, mais uma vez, construir acordo para votar o projeto de lei das offshores e fundos exclusivos.
De acordo com auxiliares, Lula está “obcecado” com as consequências que envolvem o conflito entre o Hamas e Israel. Na tarde desta segunda-feira, estava prevista uma aparição em vídeo do presidente, que se recupera de uma cirurgia no quadril e nas pálpebras, em um evento no Palácio do Planalto sobre os 20 anos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Mas Lula cancelou a participação para se dedicar a ligações com autoridades de outros países.
Esta é a terceira semana de sua recuperação em que está recolhido no Palácio da Alvorada. Apenas na segunda-feira passada Lula fez as primeiras reuniões em vídeo. Como mostrou O GLOBO, o presidente não gosta de ter conversas com ministros por telefone e prefere o contato pessoal.
Nesta segunda-feira, começou a receber visitas de auxiliares do primeiro escalão do governo e concentrou conversas sobre a guerra. Pela manhã e à tarde esteve com o chanceler Mauro Vieira para tratar do resgate dos brasileiros em Gaza. Também recebeu os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa.
Outras definições que vêm sendo adiadas são a troca do comando da Caixa Econômica Federal e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O comando do banco atualmente chefiado por Rita Serrano foi prometido a uma indicação de Arthur Lira (PP-AL). O presidente da Câmara está em viagem à Índia e à China e retorna no dia 20. Interlocutores de Lula e Lira avaliam que a indicação dos nomes deve ocorrer em conversa pessoalmente entre eles.
Como mostrou O GLOBO, a estratégia de Lira é dividir as 12 vice-presidências com PP, Republicanos, PSD e União Brasil. Lira, no entanto, estaria disposto a manter Inês Magalhães na vice-presidência de Habitação, conforme defende o PT.
Já a Funasa é alvo da disputa entre PSD, Republicanos e União Brasil. A Funasa é tradicionalmente controlada por partidos do Centrão e nos últimos anos foi turbinada com emendas para atender às bases dos parlamentares. No ano passado, o orçamento era de R$ 3 bilhões
Com Lira fora, Lula também tem sua pauta na Câmara dos Deputados incerta para esta semana. O principal interesse do governo é votar projeto de lei que modifica a cobrança do Imposto de Renda dos fundos “offshores” e dos fundos exclusivos. Ainda não há definição se haverá acordo para a votação nesta terça, o que será discutido entre os líderes — já houve um adiamento. Caso aprovado, o texto daria ao governo um ganho de arrecadação de R$ 20 bilhões no ano que vem., segundo cálculos da Fazenda.
Fonte: O GLOBO
Com a viagem do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para Índia e China, a agenda do governo no Congresso também segue em compasso de espera. Uma reunião de líderes nesta terça tentará, mais uma vez, construir acordo para votar o projeto de lei das offshores e fundos exclusivos.
De acordo com auxiliares, Lula está “obcecado” com as consequências que envolvem o conflito entre o Hamas e Israel. Na tarde desta segunda-feira, estava prevista uma aparição em vídeo do presidente, que se recupera de uma cirurgia no quadril e nas pálpebras, em um evento no Palácio do Planalto sobre os 20 anos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Mas Lula cancelou a participação para se dedicar a ligações com autoridades de outros países.
Esta é a terceira semana de sua recuperação em que está recolhido no Palácio da Alvorada. Apenas na segunda-feira passada Lula fez as primeiras reuniões em vídeo. Como mostrou O GLOBO, o presidente não gosta de ter conversas com ministros por telefone e prefere o contato pessoal.
Nesta segunda-feira, começou a receber visitas de auxiliares do primeiro escalão do governo e concentrou conversas sobre a guerra. Pela manhã e à tarde esteve com o chanceler Mauro Vieira para tratar do resgate dos brasileiros em Gaza. Também recebeu os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa.
Outras definições que vêm sendo adiadas são a troca do comando da Caixa Econômica Federal e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O comando do banco atualmente chefiado por Rita Serrano foi prometido a uma indicação de Arthur Lira (PP-AL). O presidente da Câmara está em viagem à Índia e à China e retorna no dia 20. Interlocutores de Lula e Lira avaliam que a indicação dos nomes deve ocorrer em conversa pessoalmente entre eles.
Como mostrou O GLOBO, a estratégia de Lira é dividir as 12 vice-presidências com PP, Republicanos, PSD e União Brasil. Lira, no entanto, estaria disposto a manter Inês Magalhães na vice-presidência de Habitação, conforme defende o PT.
Já a Funasa é alvo da disputa entre PSD, Republicanos e União Brasil. A Funasa é tradicionalmente controlada por partidos do Centrão e nos últimos anos foi turbinada com emendas para atender às bases dos parlamentares. No ano passado, o orçamento era de R$ 3 bilhões
Com Lira fora, Lula também tem sua pauta na Câmara dos Deputados incerta para esta semana. O principal interesse do governo é votar projeto de lei que modifica a cobrança do Imposto de Renda dos fundos “offshores” e dos fundos exclusivos. Ainda não há definição se haverá acordo para a votação nesta terça, o que será discutido entre os líderes — já houve um adiamento. Caso aprovado, o texto daria ao governo um ganho de arrecadação de R$ 20 bilhões no ano que vem., segundo cálculos da Fazenda.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários