A americana Brianna Bodley, de 6 anos, tem encefalite de Rasmussen, uma doença inflamatória crônica rara que afeta cerca de 500 crianças nos EUA todos os anos

Brianna Bodley era uma criança normal que adorava cantar, dançar e ler, até que ela começou a ter convulsões diárias debilitantes que acabariam por levar a dificuldades de aprendizagem e paralisia. A menina, de 6 anos, foi diagnosticada com encefalite de Rasmussen, uma doença inflamatória crônica rara que afeta cerca de 500 crianças nos EUA todos os anos, segundo informações da emissora americana ABC7.

De acordo com o neurocirurgião pediátrico Aaron Robison, da Loma Linda University Health, as convulsões e a inflamação danificaram um lado do cérebro de Brianna e fez com que o órgão encolhesse. Ela fazia tratamento com anticonvulsivantes e esteróides, mas a doença continuou progredindo.

Os médicos então decidiram realizar uma cirurgia para desconectar metade do cérebro. Segundo Robison, fazer isso seria suficiente para parar completamente a doença e potencialmente curá-la.

Antigamente, a prática era remover metade do cérebro, mas isso gerava mais complicações. Agora, é possível simplesmente desconectar a parte não funcional do cérebro. No caso da menina, o direito. No total, o procedimento meticuloso durou 10 horas.

— Após a cirurgia, todo o lado esquerdo do corpo fica desligado — disse a mãe da menina, Crystal Bodley, à ABC7.

O lado esquerdo do cérebro de Brianna está trabalhando arduamente, assumindo o controle do que o lado direito costumava fazer. Mas os médicos afirmam que ela pode viver a vida toda com "meio cérebro".

As possíveis dificuldades incluem redução da visão periférica e de algumas habilidades motoras finas na mão esquerda. Mas os médicos afirmam que com vários tipos de fisioterapia, é possível recuperar essas habilidades e viver sem convulsões.


Fonte: O GLOBO