Paulo Torres da Silva Pereira foi morto dentro do próprio carro, no Bairro Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes

O juiz de direito Paulo Torres da Silva Pereira, da 21ª Vara Cível da Capital, foi morto a tiros dentro do próprio carro, no Bairro Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife (PE). O crime aconteceu na noite desta quinta-feira. Paulo, que era juiz há 34 anos, chegou a atuar como desembargador substituto algumas vezes durante a carreira na magistratura. Em nota, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, lamentou o crime.

Juiz foi morto a tiros em Jaboatão dos Guararapes (PE) — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O assassinato aconteceu na Rua Maria Digna Gameiro. Paulo estava em seu carro, um Honda WR-V, quando, em torno das 20h, criminosos em outro veículo teriam emparelhado e efetuado vários disparos. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local, mas já encontrou o juiz sem vida. A Polícia Militar foi acionada às 20h30.

Conhecido como Paulão, o magistrado era considerado muito querido pelos membros do Judiciário pernambucano. Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco lamentou a morte de Paulo, e afirmou estar em contato com autoridades policiais para prestar apoio necessário.

O TJPE também diz contribuir para “o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados”.

'Assassinato covarde'

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, se manifestou sobre a morte do juiz, crime que considera ser um “assassinato covarde”. Barroso disse, ainda, que, ao saber do crime, entrou em contato com o presidente do TJPE, Luiz Carlos de Barros Figueirêdo.

“Tomei conhecimento do assassinato covarde do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, que atua na primeira instância no Recife (PE). Conversei com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, que está em contato com as autoridades locais para apuração célere do episódio e a devida punição dos envolvidos. O Conselho Nacional de Justiça acompanhará os desdobramentos para garantir que a Justiça seja feita. Em nome do Poder Judiciário, presto solidariedade à família e aos amigos”, escreveu Barroso.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) publicou, em nota, que “está se comunicando com as autoridades competentes para contribuir com o esclarecimento do crime e responsabilização dos autores”.

O caso é investigado pela Polícia Civil de Pernambuco, que ainda não divulgou atualizações após as primeiras diligências.


Fonte: O GLOBO