Ele já vagava pelos mares durante o surto de peste bubônica em Londres em 1665
O animal vive em águas extremamente frias e profundas. A dificuldade de acesso faz com que ele seja pouco estudado em comparação às outras mais de 500 espécies de tubarões. Ele é conhecido por ser devagar e seu nome científico, somniosus microcephalus, se traduz para 'sonolento de cabeça pequena'.
Apesar do nome, a ocorrência do animal não se restringe aos mares do norte global. É estimado que eles atinjam a maturidade reprodutiva por volta dos 150 anos.
Essa espécie está entre as maiores do mundo, os tubarões-da-Groenlândia se aproximam em tamanho dos imponentes tubarões brancos. Eles podem atingir até 6,4 metros de comprimento e pesar até 1.000 quilos.
A carne dos tubarões possui toxicidade
A ingestão da carne desses tubarões pode induzir sintomas semelhantes à embriaguez grave em seres humanos, e as neurotoxinas presentes podem ser incapacitantes até mesmo para cães de trenó. A toxicidade está relacionada ao óxido de trimetilamina (TMAO) encontrado nos tecidos da carne desses tubarões, uma adaptação que os auxilia a resistir aos efeitos adversos do frio intenso e da alta pressão da água.
Eles raramente atacam seres humanos
Embora haja antigas lendas inuítes que sugiram ataques desses tubarões a caiaques, não existem registros documentados desses encontros. Apesar de sua capacidade de ferir ou matar facilmente seres humanos, os tubarões-da-Groenlândia demonstram ser geralmente pacíficos.
A 'invisibilidade' é uma habilidade dos tubarões do Ártico na natação
Aqueles que esperam avistar tubarões-da-Groenlândia podem se surpreender, pois as chances são reduzidas. A filmagem dessa espécie só foi capturada pela primeira vez em 1995, e foi preciso esperar mais 18 anos para obter um vídeo que os retratasse em seu habitat natural.
Conforto desses tubarões está na água gelada
Embora todos os tubarões sejam de sangue frio, essa espécie em particular prospera em ambientes extremamente gelados. Os tubarões-da-Groenlândia preferem permanecer em águas que variam de -1 a 10°C, migrando para as regiões mais frias a cada estação. Curiosamente, são os únicos tubarões conhecidos por tolerar as condições árticas durante todo o ano.
Fonte: O GLOBO
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