Ariston de Souza Jardim foi preso pela Interpol em junho. Ele é condenado pelo crime de tortura cometido no estado acreano em 2017.

O ex-vereador e candidato a prefeito de Acrelândia, no interior do Acre, nas eleições de 2016, Ariston de Souza Jardim, foi extraditado para o Brasil após decisão da Justiça portuguesa, que deferiu pedido da Promotoria de Justiça Cumulativa de Acrelândia. Ele chegou ao Acre na última sexta-feira (27), segundo o Ministério Público do Acre (MP-AC).

Jardim foi preso pela Interpol em Lisboa, em junho deste ano, pelo crime de tortura. Ele, que é rondoniense, foi condenado em 2017 com mais quatro pessoas por um caso de tortura cometido em Acrelândia, e foi para Portugal quando já respondia pelo processo.

De acordo com o MP, após a prisão, ele pediu para cumprir pena em território português. O MP discordou, e entrou com pedido de extradição, que foi deferido pelo Tribunal da Relação de Coimbra.

“Na decisão, o Tribunal da Relação de Coimbra considerou que o pedido de extradição atendia aos requisitos formais e materiais exigidos pela Convenção de Extradição da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que não se verificou nenhuma causa para recusar a extradição, de forma obrigatória ou facultativa”, informa o MP.

Prisão

O mandado de prisão contra o ex-vereador foi cumprido pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) no dia 14 de junho, e o caso foi divulgado pela Polícia Federal no Acre (PF-AC) no dia 20 daquele mês.

Conforme a PF-AC, ele era procurado para cumprir a sentença proferida pelo Juízo da Vara Única Criminal da Comarca do município.

“As buscas eram realizadas em 190 países desde que a Polícia Federal do Acre incluiu o nome dele na difusão vermelha da Interpol, que reúne criminosos procurados para serem extraditados. O rondoniense foi condenado pela Justiça por ter cometido crimes de tortura no Acre em 2017”, informou a PF-AC em nota.

O g1 apurou que a condenação referente a este caso ocorreu em 24 de julho do ano em questão. Ariston foi condenado a cinco anos de reclusão em regime inicial semiaberto.

A prisão de Jardim foi comunicada à Justiça acreana com vistas à extradição dele para o Brasil. Ainda segundo a polícia, após audição no Tribunal da Relação de Coimbra, foi mantida a detenção do brasileiro para fins extradicionais junto às autoridades competentes no Brasil e em Portugal.

Fonte: G1