Remédio é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, mas vem sendo usado por várias pessoas para emagrecer; FDA tem 42 casos em alerta, sendo três internações por uso de versões falsificadas do medicamento
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, órgão equivalente à Anvisa no Brasil, abriu uma investigação para apurar diversas hospitalizações e mortes potencialmente relacionadas ao uso de Ozempic falsificado. O órgão recebeu o alerta de pelo menos três internações num universo de 42 denúncias sobre a comercialização de cópias falsificadas do medicamento.
As cópias piratas estariam substituindo a semaglutida, um dos principais componentes do remédio, por uma versão sintética de insulina. Os casos reportados ao FDA indicam sintomas de efeitos adversos, resultando na morte de pelo menos duas mulheres com coágulos no sangue, segundo o Daily Mail.
— Em estreita colaboração com a FDA, tomamos medidas para entender o problema com produtos falsificados. Enviamos avisos para atacadistas e farmacêuticos, para garantir que eles estejam cientes da situação e também sejam capazes de identificar um potencial produto injetável de semaglutida falsificado — afirmou um representante da empresa Novo Nordisk ao The Post.
O Ozempic é aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) para pessoas com diabetes tipo 2. O remédio funciona imitando o GLP-1, hormônio natural que retarda a passagem de alimentos pelo estômago e intestinos.
O remédio age no corpo imitando um hormônio ligado ao apetite e a alimentação, ajudando a estimular a produção de insulina e, assim, a diminuir os níveis de glicose no sangue do indivíduo. Por conta deste mecanismo, quem usa o remédio sente menos fome e, consequentemente, se alimenta menos e emagrece. Apesar disso, este medicamento não tem indicação na bula para o tratamento da obesidade.
Fonte: O GLOBO
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