Investigações identificaram diferentes pontos da linha que foram atacados por criminosos; ação prejudicou milhões de passageiros
A Polícia Civil de São Paulo apontou que a paralisação dos trens na Linha Esmeralda no dia 3 de outubro, durante a greve de metroviários e ferroviários, foi causada por sabotagem em diferentes pontos da linha. A ação criminosa atrasou o restabelecimento do sistema em várias horas e prejudicou milhões de passageiros.
A investigação realizada por agentes do 27º Distrito Policial (Campo Belo) analisou imagens de diferentes câmeras de segurança instaladas ao longo da via, contudo, nos pontos onde houve sabotagem, não havia monitoramento. A polícia acredita que os criminosos tenham escolhido estes pontos para não serem identificados.
— Foram realizadas varreduras nos pontos onde os objetos foram arremessados, que não possuem câmeras. Não foi possível identificar os autores, mas verificamos que houve atentados em diversos pontos da linha, com arremesso de objetos estranhos ao sistema nas estações de Osasco a Interlagos, que foram apreendidos.", disse o doutor Eduardo Luís Ferreira, delegado titular do 27º DP.
Linha 9 - Esmeralda — Foto: Felipe Marques/Zimel Press/Agência O Globo
A equipe do 27º DP também ouviu diversas testemunhas, incluindo funcionários da empresa, que relataram terem encontrados vários objetos que foram arremessados tanto na rede aérea de energia do sistema, quanto na linha férrea.
Em um ponto da linha, próximo da estação Autódromo, também foram identificados sinais de vandalismo em uma máquina de chaveamento de via. A fiação do equipamento foi completamente arrancada, impedindo o restabelecimento do sistema.
O laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística também mostra os locais onde o gradil de proteção foi aberto para a entrada dos criminosos da linha férrea. O inquérito agora será concluído e relatado para análise do Ministério Público e Poder Judiciário.
Chance de nova greve
O governo de São Paulo determinou ponto facultativo nesta terça-feira em todos os serviços públicos estaduais da capita após ameaça de greve dos trabalhadores do metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp.
"A medida visa a reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve", disse a gestão estadual em comunicado à imprensa.
Fonte: O GLOBO
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