Servidores aderiram à Paralisação Nacional dos Servidores Públicos Federais nesta terça (7) e quarta-feira (8). Professores paralisaram atividades apenas nesta terça. Já os técnicos seguem sem trabalhar também no dia seguinte.
Professores e técnicos da Universidade Federal do Acre (Ufac) aderiram à Paralisação Nacional dos Servidores Públicos Federais desta terça (7) e quarta-feira (8). O movimento reivindica recomposição salarial, reestruturação das carreiras, pelo "revogaço" de medidas contra os servidores públicos, equiparação de benefícios e pelo arquivamento definitivo da reforma administrativa (PEC 32/2020).
No Acre, os professores suspenderam as atividades apenas nesta terça. Já os técnicos seguem sem trabalhar também nesta quarta.
"O principal ponto da pauta para essa paralisação nacional é reivindicação de reposição salarial. Não se trata de aumento salarial, mas sim de reposição, entre outras questões. Queremos equiparação de benefícios que existem, por exempo, para servidores do Judiciário e Executivo. Cada categoria tem suas particularidades", disse a presidente da Associação de Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac), Letícia Mamed.
As pautas nacionais são:
Demora na negociação com os servidores públicos federais!
Recomposição salarial
Reestruturação e equiparação de carreiras, urgente e necessária
Nivelação dos benefícios entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário!
Revogaço de medidas que atacam os servidores públicos - Não à PEC 32!
No estado acreano, os servidores debatem os seguintes temas:
Luta contra assédios e racismos no ambiente acadêmico;
Retorno das sessões presenciais dos conselhos para garantir maior participação e qualidade nos debates;
Construção da nova sede do Centro de Apoio Pedagógico (CAP) no campus-sede Rio Branco;
Implementação de políticas de segurança preventiva nos campi, melhorias na estrutura de iluminação e rondas noturnas
Criação do Conselho de Pós-graduação da Ufac com o objetivo de viabilizar a discussão democrática e descentralizada dos recursos institucionais para o financiamento e a manutenção da qualidade dos programas de pós-graduação.
Além das pautas locais citadas, a professora destaca que os técnicos federais pedem uma reestruturação mais ampla da carreira porque, segundo a avaliação do sindicato, entre todas as carreiras do funcionalismo federal, a dos técnicos em educação é a com menor salário.
"Eles têm, portanto, um pleito mais amplo e desejam que o governo negocie com eles em escala superior. Em assembleia, decidiram paralisar por mais tempo. Os professores decidiram paralisar apenas hoje, dia 7", frisou.
Os docentes também reivindicam outras melhorias nos campus do Acre. A professora relembrou a falta de segurança dentro do campus acadêmico da capital acreana e até os casos de abuso, importunação sexual e ameaças praticados pelo acadêmico de história Alicio Lopes de Souza.
"Uma aluna de curso de jornalismo, ao sair da sala de aula, foi assaltada no ponto de ônibus em razão da falta de iluminação, falta de rondas da equipe de segurança. A gente clama por uma reestruturação do serviço de segurança no campus, uma iluminação mais adequada. Também fazem parte desta pauta local o combate ao racismo e ao assédio", ressaltou.
Fonte: G1
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