Atrações devem lotar estádios e casas de shows e movimentar o turismo na cidade; neste mês, capital ainda recebe artistas como Roger Waters, Måneskin, Kendrick Lamar e Alanis Morisette
Imagine dar o pontapé inicial em uma festa ao som de um potente hard rock italiano. Mais adiante, trocar o mood da playlist para o fino do rap internacional, mas sem deixar de lado faixas do que há de mais quente no pop norte-americano e latino.
A diversidade será capaz de impressionar os convidados e será exatamente nessa toada de ritmos variados que a cidade de São Paulo deve bailar ao longo do mês de novembro, isso sem esquecer as pitadas esportivas, com a Fórmula 1 e mais uma edição do Ultimate Fighting Championship (UFC) e a vibrante celebração geek da Comic Con Experience (CCXP).
A tsunami de eventos começa com o show da banda de rock italiana Måneskin, dia 3, no Espaço Unimed, com ingressos esgotados. Mas não para por aí: nos mesmos dias da Fórmula 1 — que vai do treino classificatório, também na sexta, ao Grande Prêmio, no domingo — ocorre o festival GPWeek no Allianz Parque, com artistas como o supergrupo de DJs Swedish House Mafia e a estrela pop Halsey, no sábado. O rapper Kendrick Lamar ganha o palco no dia seguinte. Há tickets disponíveis para as duas datas.
Ainda no sábado, quem estiver na cidade vai poder acompanhar o UFC — pela primeira vez na capital paulista desde 2019 — no Ginásio do Ibirapuera. No domingo, no Espaço Unimed, na Barra Funda, se apresenta a banda folk The Lumineers.
— São Paulo justifica essa grande movimentação. Há muita demanda para entretenimento na capital — afirma Tiago Maia, diretor da Move Concerts, que produz o UFC e, junto com a Mercury Concerts, o Måneskin.
A tsunami de eventos começa com o show da banda de rock italiana Måneskin, dia 3, no Espaço Unimed, com ingressos esgotados. Mas não para por aí: nos mesmos dias da Fórmula 1 — que vai do treino classificatório, também na sexta, ao Grande Prêmio, no domingo — ocorre o festival GPWeek no Allianz Parque, com artistas como o supergrupo de DJs Swedish House Mafia e a estrela pop Halsey, no sábado. O rapper Kendrick Lamar ganha o palco no dia seguinte. Há tickets disponíveis para as duas datas.
Ainda no sábado, quem estiver na cidade vai poder acompanhar o UFC — pela primeira vez na capital paulista desde 2019 — no Ginásio do Ibirapuera. No domingo, no Espaço Unimed, na Barra Funda, se apresenta a banda folk The Lumineers.
— São Paulo justifica essa grande movimentação. Há muita demanda para entretenimento na capital — afirma Tiago Maia, diretor da Move Concerts, que produz o UFC e, junto com a Mercury Concerts, o Måneskin.
Roger Waters no Engenhão: cantor será uma das atrações do mês de novembro em São Paulo — Foto: Lucas Tavares
Esse agito não passará batido. Segundo um levantamento da OTA Insight, empresa de inteligência de negócios de hospitalidade baseada em nuvem, 50% dos hoteis da cidade já estão indisponíveis entre os dias 3 e 5, ocupação puxada especialmente pelo evento automobilístico. No dia 18, quando a cidade terá um show do RBD, 8,9% dos hotéis estão indisponíveis e 60% das locações de curta duração (estilo Airbnb) estão indisponíveis. Já no dia 24, quando Taylor Swift se apresenta em São Paulo, 12% dos hotéis já estão esgotados — em finais de semana comuns, a porcentagem gira em torno de 7%.
No dia 9, o uruguaio Jorge Drexler canta no Espaço Unimed, e ainda há ingressos disponíveis. No dia 10, o Red Hot Chilli Peppers leva a Unlimited Love Tour ao Morumbi.
A 11 km dali, no Allianz Parque, Roger Waters assume os acordes na tour “This Is Not a Drill” nos dias 11 e 12 de novembro — ainda há tickets para o segundo dia. Sem chance de novas compras é o concerto da canadense Alanis Morissette, no dia 14, no mesmo estádio.
Claudio Macedo, CEO da WTorre Entretenimento, diz que esta época do ano é propícia para uma agenda quente de atividades.
— Novembro de 2023 será o mês com o maior número de grandes eventos no calendário do Allianz Parque desde a inauguração, em 2014. São 12 datas de shows agendadas — afirma.
Ainda no dia 12, a cidade será tomada pela febre RBD. O grupo mexicano fará seis shows do concorridíssimo Soy Rebelde Tour, que reúne os integrantes pela primeira vez em 15 anos. As apresentações foram divididas em dois estádios: em 12 e 13 de novembro, o grupo se apresenta no Morumbi. Entre os dias 16 e 19, no Allianz Parque. Os ingressos evaporaram em minutos.
Andrew Pinheiro, 28 anos, porém, foi um dos sortudos que arrematou algumas entradas. O rapaz é fã de RBD desde os 12 anos e está animado para ver os ídolos de perto novamente depois de 18 anos. Até então, Andrew só havia visto o grupo uma única vez, em 2006, quando os mexicanos se apresentaram em Belém (PA).
— Vou nos shows dos dias 12, 13, 16 e 18, mas aconteceu uma loucura em relação a outra cantora que eu gosto muito também, que é a Taylor Swift. Eu vou pro show no RBD no dia 16, aí eu vou de ônibus para o Rio para ver o show da Taylor no dia 17. Volto para o hotel, pego um ônibus para retornar para São Paulo, para o show do RBD do dia 18. Não tenho noção do quanto gastei, sinceramente. Também tirei dez dias de férias do meu estágio para os shows. São as loucuras que a gente que é fã faz — diz.
O estádio do Morumbi, que abocanhou duas das apresentações, comemora a chegada dos mexicanos e mais o Red Hot em seu gramado.
Fizemos um trabalho de aproximação com as produtoras. Ter shows aqui é muito positivo. Trouxemos em todos os shows cerca de R$ 25 milhões neste ano, é um valor equiparável a um patrocínio (para o time) — diz Eduardo Toni, diretor de marketing do São Paulo Futebol Clube.
Jorge Reis, CEO da Eventim, empresa que vendeu ingressos para o show do RBD, o GP de Fórmula 1, GPWeek e outros, destaca que desde o fim da pandemia há uma demanda represada por eventos presenciais e que, como ficou mais caro viajar para o exterior por causa do dólar, muitas pessoas têm gastado dinheiro no Brasil mesmo. Mas há desafios: vender para fãs muito fervorosos é um deles.
— Quando você tem uma relação de demanda e oferta desigual como é no RBD, você vai ter muito mais clientes frustrados do que satisfeitos, por mais que tudo funcione bem durante a venda. Nós tivemos mais de 800 mil pessoas na fila durante o RBD para comprar e tínhamos 110 mil ingressos — pontua.
Diretor do grupo São Paulo Eventos, que controla o Espaço Unimed, Marcos Antônio Tobal Jr. agrega um ponto importante:
— O público e os artistas cantam, dançam e se emocionam com mais intensidade. Dessa forma, o interesse do público aumentou bastante — afirma ele. — O espaço já retomou o ritmo de shows pré-pandemia.
Na casa, foram um sucesso arrasa-quarteirão as vendas para o show do álbum Transa, de Caetano Veloso. Nos dias 25 e 26.
No fim do mês, ainda haverá espaço para uma estrela de altíssimo quilate “debutar” no Brasil. Taylor Swift se apresenta no Allianz Parque nos dias 24, 25 e 26. A moça trará aos fãs a The Eras Tour, sucesso estrondoso de público por onde passou nos Estados Unidos, gerando cerca de US$ 2,2 bilhões apenas em vendas de ingressos no país, de acordo com a revista Time.
Grandiosa, a apresentação pode durar até três horas. Por aqui, os ingressos esgotaram em poucos minutos e a concorrida venda gerou até discussões no Congresso Nacional sobre a prática de cambismo.
Na saideira, ainda há espaço para o início da Comic Con Experience, mega evento de cultura pop que chega à décima edição com painéis exclusivos de séries, filmes, quadrinhos e música, no São Paulo Expo. Ainda no dia 30, o The Killers faz um show extra do Primavera Sound (que só começa em dezembro), no Tokio Marine Hall.
E se o mês deixar um gostinho de quero mais, não há razão para desespero: o eterno beatle Paul McCartney se apresenta nos dias 7, 9 e 10 de dezembro, com a turnê Got Back. Os ingressos, porém, já deixaram saudades.
Fonte: O GLOBO
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