Empresa oferecia serviço pago que permitia aos usuários comprar produtos de varejistas on-line e fingir devolvê-los, ficando com os itens e o valor do reembolso. Caso está na Justiça
De acordo com o processo, a REKK é uma grande participante de um setor clandestino de fraudadores que "criaram empresas ilegítimas que oferecem reembolsos fraudulentos a indivíduos em todo o mundo que estão conscientemente envolvidos e participando da fraude" para obter produtos caros gratuitamente.
A ação, de 44 páginas, dizia que a REKK oferecia seu serviço por meio de canais de mídia social como o Reddit e o aplicativo de mensagens Telegram como um serviço pago que permitia aos usuários comprar produtos de varejistas on-line e fingir devolvê-los, ficando com o produto e o reembolso.
Laptops, games e até moedas de ouro
No processo, a Amazon afirma que mais de uma dúzia de reembolsos fraudulentos foram emitidos de junho de 2022 a maio de 2023 para itens caros, incluindo laptops, consoles de jogos e uma moeda de ouro de 24 quilates.
Também diz que pelo menos sete ex-funcionários da Amazon aceitaram milhares de dólares em subornos para processar reembolsos de produtos que nunca foram devolvidos.
A REKK se fez passar por clientes da Amazon, usou mensagens de phishing para obter credenciais, manipulou sistemas por meio de acesso não autorizado e subornou funcionários para conceder reembolsos, de acordo com o processo.
Considerando apenas o esquema com os funcionários, a empresa arcou com mais de US$ 500 mil em devoluções fraudulentas.
A REKK não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. No sábado, seu canal no Telegram havia sido fechado.
Uma pesquisa da National Retail Federation, uma associação comercial americana, e da Appriss Retail, uma empresa que combate fraudes e roubos no varejo do país, estimou que, em 2022, cerca de 10% das compras on-line devolvidas foram consideradas fraudulentas.
Para cada US$ 100 em mercadorias devolvidas aceitas, segundo a pesquisa, os varejistas perderam US$ 10,40 com fraudes de devolução.
A Amazon acrescentou na ação que gastou US$ 1,2 bilhão e empregou mais de 15 mil pessoas e modelos de aprendizado de máquina para evitar roubo, fraude e abuso.
Não ficou imediatamente claro se uma investigação policial sobre a REKK estava em andamento. O escritório do procurador dos EUA em Seattle não respondeu a um pedido de comentário feito pelo New York Times.
Fonte: O GLOBO
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