Pesquisa constatou que a cada 100 mulheres de cor ou raça preta existem aproximadamente 104 homens, valor que supera a média nacional, de 94,2
Os dados revelados nesta sexta-feira evidenciam também o crescimento de 42,3% do número de pessoas de cor ou raça preta (aproximadamente seis milhões) em comparação com o estudo anterior do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010.
O IBGE utiliza o conceito de “raça” como uma categoria socialmente construída na interação social e não como um conceito biológico. Na pesquisa, cada pessoa responde ao IBGE a sua percepção sobre a cor ou raça a que pertence, baseado em critérios como origem familiar, cor da pele, traços físicos, etnia e pertencimento comunitário, entre outros. Além disso, o instituto afirma que essas cinco categorias estabelecidas na investigação (branca, preta, amarela, parda e indígena) também podem ser entendidas pelo informante de forma variável.
No entanto, o manual de entrevista do Censo conceitua cada uma das categorias. A pessoa parda, por exemplo, é definida como aquela "que se declarar parda ou que se identifique com mistura de duas ou mais opções de cor ou raça, incluindo branca, preta, parda e indígena". Já a amarela é definida como "pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa, coreana, etc".
Veja o número de homens para cada 100 mulheres
Brasil
- Total - 94,2
- Branca - 89,9
- Preta - 103,9
- Amarela - 89,2
- Parda - 96,4
- Indígenas - 97,1
- Total - 99,7
- Branca - 93,2
- Preta - 122,1
- Amarela - 84,0
- Parda - 99,0
- Indígenas - 101,1
- Total - 93,5
- Branca - 89,1
- Preta - 103,2
- Amarela - 73,8
- Parda - 93,6
- Indígenas - 92,9
- Total - 92,9
- Branca - 88,5
- Preta - 99,9
- Amarela - 90,5
- Parda - 96,9
- Indígenas - 90,7
- Total - 95,0
- Branca - 92,3
- Preta - 104,6
- Amarela - 94,4
- Parda - 102,2
- Indígenas - 98,7
- Total - 96,7
- Branca - 91,6
- Preta - 114,6
- Amarela - 89,3
- Parda - 97,5
- Indígenas - 96,7
Esta é a primeira vez que ela é composta majoritariamente por pessoas pardas, o que confirma as tendências de alteração do pertencimento étnico-racial dos residentes no país apontadas pelas pesquisas domiciliares do IBGE.
Ao longo dos últimos 31 anos, quando o IBGE passou a investigar simultaneamente os cinco grupos étnico-raciais, a população branca ocupava a liderança em todas as faixas etárias. Entretanto, os resultados da pesquisa de 2022 mostram um crescimento de pretos e pardos em todos os grupos de idade, enquanto o inverso ocorreu entre a parcela da população que se declara branca, que mesmo com a perda de representação ainda é predominante entre os mais velhos.
Fonte: O GLOBO
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