O Censo 2022 mostrou um crescimento de 42,3% do número de pessoas de cor ou raça preta (aproximadamente seis milhões) em comparação com o estudo anterior do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2010. A pesquisa apontou que nove municípios brasileiros (0,1% do total no país) são habitados majoritariamente pela população preta.
O Censo aponta que a população brasileira no ano passado era formada por 92.083.286 pessoas pardas (45,3%), 88.252.121 brancas (43,5%), 20.656.458 pretas (10,2%), 1.694.836 indígenas (0,8%) e 850.130 amarelas (0,4%).
O município que lidera a tabela é o Serrano do Maranhão (58,5%). Além dele, outros destaques são Antônio Cardoso (55,1%) e Ouriçangas (52,8%), ambos na Bahia. Em números totais, a cidade de São Paulo ocupa a primeira posição, com 1.160.073 pessoas pretas, seguida do Rio de Janeiro (968.428) e Salvador (825.509), capital da Bahia.
Veja abaixo a lista com as cem cidades mais pretas do país:
O IBGE utiliza o conceito de “raça” como uma categoria socialmente construída na interação social e não como um conceito biológico. Na pesquisa, cada pessoa responde ao IBGE a sua percepção sobre a cor ou raça a que pertence, baseado em critérios como origem familiar, cor da pele, traços físicos, etnia e pertencimento comunitário, entre outros. Além disso, o instituto afirma que essas cinco categorias estabelecidas na investigação (branca, preta, amarela, parda e indígena) também podem ser entendidas pelo informante de forma variável.
No entanto, o manual de entrevista do Censo conceitua cada uma das categorias. A pessoa parda, por exemplo, é definida como aquela "que se declarar parda ou que se identifique com mistura de duas ou mais opções de cor ou raça, incluindo branca, preta, parda e indígena". Já a amarela é definida como "pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa, coreana etc".
Fonte: O GLOBO
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