AGU afirmou que não cumprimento das medidas solicitadas pode ser interpretado como lesão a direito e resultar em medidas judiciais
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta segunda-feira que a X, antigo Twitter, congele a conta na rede social da primeira-dama Janja da Silva até a conclusão das investigações sobre a invasão, e preserve "todos os registros e elementos digitais" relacionados à conta para "subsidiar futuras ações judiciais".
No documento, a AGU afirmou que a "não observância das medidas ora requeridas será interpretada como lesão a direitos", podendo resultar em medidas judiciais cabíveis para "ressarcimento de danos, bem como para a responsabilização civil e penal dos infratores".
A conta da primeira-dama na rede social foi invadida na noite desta segunda-feira. O ataque hacker foi anunciado às 21h37. A Polícia Federal já atua em uma investigação preliminar. A corporação afirmou que vai abrir um inquérito ainda nesta terça-feira.
As mensagens postadas continham ataques contra Janja, Lula e Moraes. A AGU afirmou que a conta foi "utilizada para cometimento de crimes contra a honra em face do Exmo. Sr. Presidente da República".
Os dados de acesso indevido serão preservados pela plataforma, o que vai possibilitar à PF tentar identificar os responsáveis pelo ataque. Em nota, a Polícia Federal afirmou que "a conta foi bloqueada para novas publicações a pedido da Polícia Federal após postagens ofensivas contra a senhora Janja e o Presidente da República."
A conta de Janja tem 1,2 milhão de seguidores. Procurado, o Planalto afirmou que "repudia veementemente o ataque hacker". "Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais", acrescenta a nota.
Fonte: O GLOBO
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