Amanda Partata foi presa no último dia 20 após levar bolos de pote envenenados; quantidade de toxina detectada nos corpos poderia matar 'um auditório inteiro'
O veneno utilizado pela advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, para matar familiares de seu ex-namorado em Goiânia, capital de Goiás, no último dia 17 foi transportado por um motorista de aplicativo na véspera do crime.
A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, durante coletiva na manhã desta sexta-feira. Alfama não especificou qual toxina foi utilizada, mas informou que o frasco comprado tinha 100ml de veneno líquido e a quantidade detectada nas perícias seria capaz de matar "um auditório inteiro".
— Esse motorista de aplicativo entrou em contato porque tem uma transferência da Amanda para ele na véspera do crime. "Ela me pediu para levar uma encomenda para ela no hotel que ela estava hospedada". Essa caixa era de um produto de uma indústria química farmacêutica — disse Carlos Alfama.
Diante deste contato do motorista, a polícia pediu a quebra do sigilo fiscal da advogada e obteve acesso a uma nota fiscal que esclareceu qual toxina foi utilizada para matar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86. O pai e a avó do ex-namorado de Amanda, respectivamente, morreram após comerem bolos de pote de uma famosa doceria da cidade, que foram envenenados após a compra.
No dia em que adquiriu o veneno, Amanda conversou com seu ex-namorado, Leozinho, e o questionou sobre seus maiores medos. Pelas respostas, a advogada inferiu que a morte de seus parentes seria o que lhe causaria o maior sofrimento possível.
De acordo com Alfama, não faltam provas sobre a materialidade do crime e, por isso, Amanda responde por três homicídios — dois consumados e uma tentativa. Isto porque uma terceira pessoa, o marido de Luzia, estava presente neste café da manhã, mas não comeu os doces por ser diabético.
Segundo a Polícia, Amanda comprou outros alimentos como pães de queijo e sucos, além de uma orquídea de presente para a avó do ex-namorado. A corporação também reiterou que a empresa onde os alimentos foram comprados não possui qualquer relação com o crime.
A advogada ficou na residência entre as 9h16 e 12h daquele domingo. Mais tarde, ela foi ao hospital para fazer exames sob a alegação de que também tinha ingerido os alimentos que estariam "estragados". Os exames, contudo, estavam sem alterações. Luzia e Leonardo morreram naquela madrugada.
As investigações apontaram que Amanda Partata ameaçava o ex, Leozinho, e seus familiares desde julho deste ano. Após o término do namoro, ela inventou que estava grávida para manter proximidade. No dia do café da manhã, a advogada estaria com quatro meses de gestação e já tinha feito, inclusive, um chá revelação com os familiares, onde eles comemoram a chegada de uma menina.
Outro ponto que chamou atenção dos agentes foi a postura "fria" da advogada durante os interrogatórios. No primeiro, ela fez menção que precisava ir ao banheiro vomitar em quinze ocasiões e, segundo o delegado, estava forjando um mal-estar.
— Esse motorista de aplicativo entrou em contato porque tem uma transferência da Amanda para ele na véspera do crime. "Ela me pediu para levar uma encomenda para ela no hotel que ela estava hospedada". Essa caixa era de um produto de uma indústria química farmacêutica — disse Carlos Alfama.
Diante deste contato do motorista, a polícia pediu a quebra do sigilo fiscal da advogada e obteve acesso a uma nota fiscal que esclareceu qual toxina foi utilizada para matar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a sua mãe, Luzia Tereza Alves, de 86. O pai e a avó do ex-namorado de Amanda, respectivamente, morreram após comerem bolos de pote de uma famosa doceria da cidade, que foram envenenados após a compra.
No dia em que adquiriu o veneno, Amanda conversou com seu ex-namorado, Leozinho, e o questionou sobre seus maiores medos. Pelas respostas, a advogada inferiu que a morte de seus parentes seria o que lhe causaria o maior sofrimento possível.
De acordo com Alfama, não faltam provas sobre a materialidade do crime e, por isso, Amanda responde por três homicídios — dois consumados e uma tentativa. Isto porque uma terceira pessoa, o marido de Luzia, estava presente neste café da manhã, mas não comeu os doces por ser diabético.
Segundo a Polícia, Amanda comprou outros alimentos como pães de queijo e sucos, além de uma orquídea de presente para a avó do ex-namorado. A corporação também reiterou que a empresa onde os alimentos foram comprados não possui qualquer relação com o crime.
A advogada ficou na residência entre as 9h16 e 12h daquele domingo. Mais tarde, ela foi ao hospital para fazer exames sob a alegação de que também tinha ingerido os alimentos que estariam "estragados". Os exames, contudo, estavam sem alterações. Luzia e Leonardo morreram naquela madrugada.
As investigações apontaram que Amanda Partata ameaçava o ex, Leozinho, e seus familiares desde julho deste ano. Após o término do namoro, ela inventou que estava grávida para manter proximidade. No dia do café da manhã, a advogada estaria com quatro meses de gestação e já tinha feito, inclusive, um chá revelação com os familiares, onde eles comemoram a chegada de uma menina.
Outro ponto que chamou atenção dos agentes foi a postura "fria" da advogada durante os interrogatórios. No primeiro, ela fez menção que precisava ir ao banheiro vomitar em quinze ocasiões e, segundo o delegado, estava forjando um mal-estar.
Amanda Partata na casa da família do ex-namorado — Foto: Reprodução
O que diz a defesa de Amanda
Os advogados que representam a Senhora Amanda Partata informam que aguardam os desdobramentos das investigações, cujo trâmite é sigiloso, para se manifestar quanto ao teor das imputações declinadas pela Autoridade Policial.
Quanto a prisão da Senhora Amanda Partata consideramos que se efetivou de forma ilegal na medida em que realizada no período noturno em hospital onde se encontrava internada sob cuidados médicos.
Destaque-se, ainda, que a Senhora Amanda Partata compareceu voluntariamente à Delegacia de Investigação de Homicídios, entregou objetos e documentos e, por intermédio de seus advogados, deu plena ciência à Autoridade Policial da sua localização e estado de saúde. As medidas judiciais para preservação e restabelecimento da legalidade serão adotadas oportunamente.
Fonte: O GLOBO
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